Notícias

1 mês de greve no IFRJ! Relembre o que aconteceu até agora!

Não é de hoje que os(as) trabalhadores(as) precisam entrar em greve para que os seus direitos sejam garantidos, e neste ano não foi diferente. Por conta de vários anos sem reajustes suficientes, os salários dos(as) servidores(as) da educação foram ficando defasados, corroídos pela inflação e isso sem contar a falta de valorização das carreiras. 

Após várias tentativas de negociação com o governo nas chamadas mesas de negociação sem que houvesse  nenhum tipo de proposta justa, as representações nacionais não viram outra alternativa a não ser mobilizar uma greve geral, paralisando toda a educação federal no Brasil. O último boletim do SINASEFE dá conta de que já são mais de 530 unidades de institutos federais paralisadas em todo o país.  

Mesmo diante dessa greve histórica, o governo segue oferecendo 0% de reajuste em 2024, o que é uma verdadeira decepção para os(as) trabalhadores(as) que tanto apoiaram a eleição do atual governo, que dizia ter a educação como uma de suas prioridades. 

No dia 1 abril, o SINASEFE soltou um comunicado anunciando que o início da greve seria no dia 3 de abril. O SINTIFRJ então convocou uma assembleia geral, que foi realizada no IFRJ Campus Rio de Janeiro e deflagrou a greve no IFRJ por ampla maioria. No dia 3 de maio, fez 1 mês que o IFRJ está de greve. 

E o que foi feito desde então? No dia 9 de abril, estudantes e servidores(as) realizaram um ato na Reitoria (prédio da Rua Buenos Aires) cobrando a suspensão do calendário acadêmico. No mesmo dia ocorreria uma reunião entre a Reitoria e o Comando de Greve, entretanto, a reunião se ampliou para os demais presentes do ato. Durante a reunião foi firmado um acordo entre os representas da Reitoria e o Comando de Greve de que o calendário seria suspenso de forma retroativa ao dia 3 de abril e que também não haveria corte de ponto e que haveria a reposição qualitativa das atividades represadas, garantindo a minimização de possíveis prejuízos aos(as) servidores(as) e alunos(as). 

Essa foi a primeira grande mobilização durante o período de greve na comunidade do IFRJ. Após esse momento, o Comando Geral de Greve e os Comandos Locais de Greve foram formados e assim começaram a ser traçadas as primeiras atividades nos campi do IFRJ. Dentre elas algumas foram: rodas de conversas; reunião com pais e responsáveis de alunos para explicar os motivos da greve; atividades recreativas, buscando desenvolver a integração entre os professores e alunos; atividades culturais como visita a museus, oficinas de música e artes visuais, aulas de história e greve, cine debates e rodas de conversa; atividades esportivas, como campeonatos de futebol; oficinas de audiovisual; aulões de matemática para prestar exame para UERJ, entre outros.

Para além das atividades de greve, faixas foram penduradas e adesivos colados para chamar a atenção e dizer para sociedade que o IFRJ está de greve. Houve também um aumento da frequência dos(as) servidores(as) nas assembleias gerais, consequência das decisões importantes que uma greve exige. Até agora foram realizadas 6 assembleias gerais, desde o dia 3 de abril. 

No dia 19 de abril, foi realizada a última mesa de negociação com governo em Brasília-DF, porém não houve acordo, o governo alterou a proposta, porém manteve 0% de reajuste para o ano de 2024, para 2025 foi proposto 9% e 3,6% para 2026. A proposta não foi aceita pela categoria que continua lutando pelo aumento ainda este ano. Uma da conquistas para a categoria foi o aumento dos benefícios, como o auxílio alimentação que passará a ser de R$1000,00, o auxílio creche que será de R$484,90 e aumento de 51% do auxílio saúde, podendo variar de acordo com o vencimento e idade do(a) servidor(a), ficando o aumento em entorno de R$,70,00. Entretanto, somente o aumento dos benefícios, deixa de fora o grupo dos aposentados e não podemos deixar que eles(as) fiquem sem aumento este ano.

No dia 6 abril, o SINTIFRJ e outras entidades sindicais, estiveram presentes na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, para o pré-lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Pública do Rio de Janeiro, com o objetivo de reforçar a mobilização da greve e mostrar para a sociedade que a luta é pela educação. Foi mais um passo dessa luta que continua.

Agora, no dia 9 de maio haverá um ato unificado pela educação, onde servidores, servidoras e estudantes estão unidos pelas seguintes pautas: recomposição salarial e orçamentária; revogação do novo ensino médio; contra o desmonte da assistência estudantil. A concentração acontecerá às 16h no Largo do Machado e caminhará em direção ao Palácio da Guanabara.

E a nossa mobilização continua! Vamos juntos e juntas nessa luta! SINTIFRJ na luta pela educação pública.