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Servidores e Servidoras do IFRJ aderem à deflagração da greve no dia 3 de abril.

Na última assembleia geral presencial do SINTIFRJ realizada no dia 27 de março, às 14h, os servidores e servidoras do IFRJ, TAEs e docentes, aderiram, por meio de votação,  à greve nacional dos servidores federais da educação, aprovando a deflagração da greve por tempo indeterminado no IFRJ a partir do dia 3 de abril, conforme indicativo aprovado na 187ª Plenária Nacional do Sinasefe. A assembleia estava lotada, enchendo a quadra poliesportiva do IFRJ Campus Rio de Janeiro, contando com mais de 300 pessoas. Dentre os votantes, a imensa maioria votou a favor da greve, havendo poucos votos em contrário.

Lembrando que as pautas da greve são a reestruturação das carreiras TAE e EBTT, a recomposição salarial das perdas inflacionárias dos TAEs e docentes EBTT, a revogação de todas as medidas antitrabalhistas promulgadas nos (des)governos Temer e Bolsonaro, a recomposição orçamentária da Educação Federal e a revogação do Novo Ensino Médio.

Além da adesão à deflagração da greve, foram pautados os informes gerais, a escolha das(os) delegadas(os) e observadoras(os) para a 188ª Plenária Virtual do SINASEFE e os encaminhamentos finais. A assembleia geral foi conduzida pelas coordenadoras gerais do SINTIFRJ Roberta Cassiano e Daniela Zanotti. 

 

A pauta da greve

Durante a pauta da greve, a coordenadora geral Roberta Cassiano saudou os representantes sindicais dos campi do IFRJ e os integrantes do Comando do Estado de Greve do IFRJ que fizeram um trabalho fundamental de mobilização em todos os campi da unidade. Quando todos chegaram para votar, boa parte já estava a par do debate sobre a conjuntura e as razões e argumentos para embasar seus votos. Por meio desta atuação, todos e todas puderam debater a “oferta” de 0% de reajuste para 2024 por parte do governo, mesmo diante dos 32% de perda salarial dos TAEs e 23% (aproximadamente) de perda salarial de docentes EBTT (considerando apenas a inflação acumulada a partir de 2017), assim como repudiaram as constantes enrolações do governo durante as mesas de negociação e a falta de resposta e compromisso quanto à reestruturação das carreiras TAE e EBTT, a recomposição salarial e outras medidas. 

Cassiano também disse durante seu discurso que nesse momento a categoria não deve aceitar que a educação pública seja moeda de troca com o centrão, que não deve aceitar a eleição do deputado do PL Nikolas Ferreira como presidente da comissão de educação na Câmara dos Deputados, já que o mesmo é acusado de transfobia dentro do parlamento e que o objetivo da greve é mobilizar toda a sociedade para que a educação seja uma prioridade inegociável na retomada da democracia. A coordenadora Daniela Zanotti, por sua vez, saudou a categoria técnica administrativa presente na assembleia, ressaltando a importância da participação deles, que são os mais prejudicados no contexto todo e os que mais precisam de atenção nesse momento, assim como os alunos e alunas. Daniela ainda destacou que é preciso garantir a permanência não apenas dos discentes (que muitas vezes não conseguem frequentar a escola em função da insuficiência das verbas para a assistência estudantil) mas também dos TAEs, que saem do IFRJ em busca de salários melhores, já que a categoria possui uma das piores remunerações do serviço público federal.

Além das falas das coordenadoras gerais, foram feitas várias falas por parte de representantes sindicais de outros sindicatos, como o SINTUFRJ, de servidores(as) do IFRJ a favor e contra a greve, mas em especial, foram feitas falas de estudantes do IFRJ, muitos dos quais atuam nos grêmios de seus campi, uma presença muito importante porque a greve também diz a respeito a eles. Aliás, esse foi o argumento de muitos(as) alunos(as) a favor da greve, de que essa luta não é só dos(as) servidores(as) mas também de todos os(as) estudantes, uma vez que por conta dos cortes orçamentários, uma das reivindicações principais da greve, muitos os(as) estudantes estão sem auxílios moradia, alimentação, transporte, bandejão, estrutura para aulas, entre outras necessidades. Foram testemunhadas realidades tristíssimas de alunos(as) passando fome e alunos(as) com necessidades específicas que não podem frequentar as aulas por falta de acessibilidade. 

No final deste momento de intervenções, ocorreu a votação sobre a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir do dia 03 de abril, onde o apoio à greve venceu massivamente, demonstrando que a comunidade do IFRJ não aceita mais trabalhar e estudar sem condições e remunerações dignas.

 

Eleição dos delegados para a 188ª Plenária Nacional Virtual do SINASEFE

Durante a assembleia, como mostra a pauta, também foram eleitos os(as) delegados(as) para a 188ª Plenária Nacional Virtual do SINASEFE que ocorreu também na noite desta última quarta-feira, dia 27 de março. Foram aprovados por consenso os nomes da servidora TAE e coordenadora geral Daniela Zanotti como delegada pela Direção Executiva do SINTIFRJ e do servidor docente Fernando Oliveira como delegado pela base do Sindicato

 

Comando de greve e ato nacional na próxima quarta-feira

No fim da assembleia as coordenadoras solicitaram que os interessados em participar do Comando de Greve se manifestassem e colocassem os nomes em uma lista para que o grupo pudesse ser formado e já começasse a organizar sua atuação. Elas também convidaram os presentes para o ato nacional que ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 3 de abril, no centro da Rio de Janeiro.

 

É agora! Vamos à luta!

Vamos juntas e juntos lutar pelo que é nosso nessa greve nacional em defesa da educação pública federal! E dentro desse contexto,  convidamos todas e todos que ainda não se filiaram ao SINTIFRJ, que se filiem para construirmos um sindicato forte que possa que garantir a manutenção e a conquista de direitos para toda a comunidade do IFRJ.

 

SINTIFRJ na luta! Agora é Greve!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025