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Dia Internacional da Mulher 

O SINTIFRJ deseja a todas as trabalhadoras um feliz Dia Internacional da Mulher e, claro, sem esquecer que hoje é um dia de mobilização! Um dia para ir às ruas e lembrar todo suor e sangue derramado pelas mulheres em busca de seus direitos e das lutas que ainda estão por vir. É fundamental destacar que a origem deste dia está diretamente ligada à luta das mulheres operárias, visto que, a data se originou de um movimento grevista de operárias russas, o que é muito importante para nós mulheres que estamos dentro do sindicato!

Apesar das conquistas do direito constitucional ao voto, ao divórcio, às leis proteção de maneira geral e a tantos outros, ainda há um longo caminho pela frente na luta das mulheres. De acordo com os dados da ONU, para se alcançar a igualdade de gênero plena é necessário um adicional de US$360 bilhões por ano de incentivo em programas que busquem essa causa. A ONU aponta que se as tendências atuais de desigualdade no mercado de trabalho e em outros quesitos continuarem, mais de 342 milhões de mulheres e meninas poderão estar vivendo em extrema pobreza até 2030, portanto os governos devem priorizar o financiamento a questão de gênero e aumentar os gastos públicos com serviços essenciais e proteção social. 

Aqui no Brasil também há muito trabalho para a luta feminista, quando se trata da desigualdade no mercado de trabalho. Segundo o Relatório Global de Desigualdades de Gênero, o Brasil ocupa a 117ª posição no ranking global sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Felizmente em 2023, a lei da igualdade salarial buscou criar parâmetros para enfrentar a falta de isonomia de salário entre homens e mulheres. Temos que continuar trabalhando para que políticas como essas continuem existindo e mudando os cenários.

Em relação à violência, o nosso país infelizmente ainda se destaca por ser muito misógino. Segundo o relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram vítimas de feminicídio no ano passado. Esse é o maior número registrado desde que a lei contra feminicídio foi criada, em 2015. O que nos mostra claramente que não bastam as leis mas sim a luta para a eficácia delas. Também em 2023, de acordo com a Rede de Observatórios da Segurança, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. 

Fora a violência física extrema, as mulheres ainda sofrem com o assédio. Quantas vezes ouvimos relatos de assédio dentro do próprio IFRJ? Na nossa 1ª Plenária das Mulheres, em 2022, não faltaram depoimentos sobre assédio e desvalorização de docentes, técnicas e alunas. Essa foi uma das razões pelas quais o SINTIFRJ criou o canal de denúncias (21 99515-9669), para acolher esse tipo de relato.

É necessário que continuemos lutando por mais orçamento para as questões de gênero, por mais unidades de acolhimento a mulheres vítimas de violência, como as próprias unidades de acolhimentos dos governos federais e estaduais, entre outros programas, fomento e consolidação dos núcleos de gênero e diversidade sexual (NUGEDS) em nossos campi. Além disso, é de suma importância colocar mulheres na política, tanto local, quanto nacional para que estas lutem por essas causas.

As mulheres ainda ganham menos e são desvalorizadas, conseguiram leis de proteção mas ainda sofrem violência e são assassinadas. Essa luta tem que continuar pela efetividade dos direitos das mulheres! E que nesse processo nós estejamos juntas ajudando umas as outras!

 

SINTIFRJ na luta pelas mulheres!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025