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SINTIFRJ presente no ato unificado pela educação!

No último dia 10 de agosto, o SINTIFRJ esteve presente no ato unificado das entidades sindicais, com o movimento estudantil, em prol da educação pública. O ato, que antecedeu o Dia do Estudante, ocorreu na Candelária no final da tarde, e protestava pela priorização da educação nos orçamentos federais e estaduais, pela recomposição salarial das trabalhadoras e trabalhadores da educação e pela revogação do arcabouço fiscal e do Novo Ensino Médio (NEM). Estavam presentes as duas coordenadoras gerais do SINTIFRJ, Daniela Zanotti e Roberta Cassiano, e algumas(uns) servidoras(es) do IFRJ.

Além dos estudantes, servidores de diversos campis estavam presentes no ato por conta da paralisação nacional do SINASEFE para pressionar a Mesa Nacional de Negociação Permanente com o governo que ocorria naquele momento. Uma das principais pautas da Mesa foi a recomposição salarial. Infelizmente, por informe do SINASEFE, tomamos ciência de que o governo não apresentou uma proposta de índice em relação à recomposição salarial e também não deixou claro quando haverá uma próxima reunião. 

Para além do reajuste dos salários, existe outra questão que é preciso destacar, que é o Arcabouço Fiscal, que apesar de ser um avanço em relação ao antigo teto de gastos dos governos Temer e Bolsonaro, ainda limita o investimento na educação e nas áreas sociais e talvez seja um dos grandes entraves para a negociação com o governo, já que é uma medida que busca conciliar as demandas do “mercado”. O investimento nestas áreas poderá variar entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, porém estão atrelados diretamente ao cumprimento das metas fiscais de superávit, caso contrário, haverá cortes no orçamentos das políticas sociais como habitação e  saúde. A área de educação também seria afetada, como consequência não haverá reajustes salariais para os servidores e servidoras e novos concursos, sobrecarregando ainda mais o serviço público e prejudicando toda a sociedade, pois como poucos servidores, é difícil atender às demandas da população por seus direitos sociais e constitucionais. 

A grande “desculpa” para travar os investimentos na educação e nas políticas sociais é o equilíbrio das contas públicas, priorizando o pagamento da dívida pública, porém há muito tempo o valor desta dívida é questionado, sem que seja realizada sequer uma auditoria. Esta ação é fundamental para avaliar as reais possibilidades de investimento nas áreas sociais e na educação, fazendo com que o dinheiro volte para quem realmente precisa, e não vá apenas para banqueiros e altos rentistas que sugam o nosso país com seus privilégios. 

Durante o ato na Candelária, as falas abarcaram outras urgências da educação, como necessidade da revogação do NEM, essa ameaça à qualidade de ensino dos estudantes brasileiros. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também foi muito criticado, principalmente por sua rejeição ao reajuste do piso dos professores do estado do Rio de Janeiro e pela morte de Thiago Menezes Flausino, jovem negro, morto a tiros da Polícia Militar em uma operação na Cidade de Deus. A vida do jovem Thiago foi levada por essa política genocida e racista de Castro.

A participação dos estudantes também foi marcante. Várias entidades estudantis como a FENET e a AERJ estiveram presentes. Eles ocuparam o ato protestando por seus direitos básicos, como bandejão e passe escolar. A aluna do IFRJ campus Rio de Janeiro e integrante da FENET, Lívia Abrantes, fez uma fala no carro de som que resumiu os anseios e sentimentos dos estudantes e servidores: “o atual governo foi eleito pelos nossos estudantes que tiraram o título de eleitor e não está tendo coragem de enfrentar o Novo Ensino Médio, de fazer a recomposição orçamentária nas instituições e hoje, nós estudantes, precisamos pautar aqui que se fomos nós que ajudamos a eleger esse governo, temos que exigir que ele construa o nosso projeto de educação” afirmou ela. 

Tivemos muitos retrocessos nos últimos anos, mas não se enganem, será preciso muita luta para avançarmos novamente. É necessário que todas e todos nós estejamos empenhados, porque os direitos só são garantidos com luta. Vamos em unidade!

Sintifrj na luta entre os servidores e as servidoras federais e em unidade com os estudantes!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025