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Cadê a faixa “Fora Rodney” que estava no IFRJ Campus São João de Meriti?

Caras(os) companheiras (os), precisamos, hoje, mais que nunca, estar atentos aos pilares democráticos de nossa Carta Magna, conquistada, à duras penas, inclusive com o derramamento do sangue de muitos dos nossos bravos antecessores. 

Nossa Constituição Federal é claríssima quanto ao direito à livre manifestação do pensamento em seus artigos 5° e 220°, estabelecendo que desde que para fins lícitos, pacíficos e vedado o anonimato, em locais abertos ao público, independente de autorização, é garantida a livre manifestação do pensamento, sob qualquer forma, processo ou veículo, sem qualquer restrição. 

Portanto, de acordo com o que diz nossa lei maior, é inadmissível sofrermos qualquer tipo de retaliação por manifestarmos, de forma clara e pacífica, nosso descontentamento, nossa insatisfação ou nossa discordância sobre algum tema. Não devemos, jamais, aceitar que tiranos nos calem, cessem nossas vozes com suas condutas e comportamentos sistematicamente autoritários e abusivos.

Nesse sentido, os servidores do campus São João de Meriti deram início a um processo de paralisação de suas atividades, amparados pelo Sintifrj, desde o dia 31/05/2023, em razão de sua insatisfação ante os lamentáveis episódios de assédio moral, narrados pela comunidade acadêmica, praticados por seu Diretor-Geral titular. 

Nesse processo legítimo de manifestação do descontentamento da comunidade acadêmica de São João de Meriti em protesto às diversas violências sofridas, uma faixa, de propriedade do Sintifrj, foi estendida na fachada daquele campus no dia 05 do presente mês. Porém, no dia seguinte, logo pela manhã, para a surpresa de todos, ou nem tanta, levando em consideração o histórico de autoritarismo que vem sendo característico daquela gestão, a faixa havia simplesmente desaparecido.

Questionada, a gestão atual do campus, que substitui provisoriamente o Diretor-geral titular, alegou que não sabia o que havia acontecido e que tampouco tal sumiço tinha relação com suas ações. Em razão disso o Sintifrj realiza os seguintes questionamentos: a quem interessaria a retirada sorrateira de um instrumento de manifestação legítima de uma comunidade acadêmica contra as práticas autoritárias de seu diretor-geral titular?; quem seria capaz de desprezar completamente os preceitos basilares de nossa Carta Magna a respeito da livre manifestação do pensamento de forma tão tirânica?; e, por fim, “onde foi parar a faixa de clamor por socorro, dos servidores do campus São João de Meriti? Quem é responsável por proteger o direito à livre manifestação no referido campus? 

Diante de todas as barbaridades retratadas, podemos infelizmente supor que o destino da faixa com os anseios da comunidade acadêmica de São João de Meriti tenha sido o mesmo que o da democracia em seu campus: a lata do lixo!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025