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26 de agosto – Dia Internacional da Igualdade Feminina

Hoje, 26 de agosto, é o Dia Internacional da Igualdade Feminina, que celebra as conquistas das mulheres. A data surgiu para homenagear a permissão do voto às mulheres norte-americanas, e tem a finalidade de fortalecer as lutas contra a desigualdade de gênero. Um levantamento do último semestre de 2021 da consultoria IDados aponta que as mulheres ganham cerca de 20% menos que os homens, mesmo tendo igual perfil de escolaridade, idade e ocupação.

E qual o lugar da mulher no espaço sindical? Um dos assuntos mais falados no 3º Encontro das Mulheres do SINASEFE, ocorrido neste mês, foi a questão da igualdade de gênero dentro dos sindicatos. O movimento sindical, mesmo visando mudanças e igualdade, ainda tem traços patriarcais por ser um reflexo da sociedade. Participantes do evento lembraram o quanto demorou para que houvesse o 1° Encontro de Mulheres: quase 30 anos desde a fundação do SINASEFE.

Seja como sindicalizadas, seja como militantes do movimento sindical, as mulheres frequentemente têm seu espaço de atuação reduzido, ocupando  posições de menor destaque, desempenhando tarefas menos participativas e menos  decisórias, como por exemplo, a redação de atas. “Quando se escreve não se tem tempo para falar”, criticou Rivania Moura, presidenta do Andes-SN e professora da UERN. 

As mudanças começaram a acontecer quando as sindicalizadas passaram a defender e a mostrar que a mulher também faz política e está diretamente envolvida nas lutas e nas conquistas trabalhistas. Para isso tem sido fundamental quebrar as barreiras do silêncio dentro do espaço sindical, abrindo mais espaços de ação e reflexão. Exemplo disso é  a luta pelo reconhecimento da dimensão política e social do trabalho doméstico. A economia do cuidado, na qual estão incluídas  as atribuições  de cuidar da casa e dos filhos, já não pode mais ser invisibilizada no contexto das relações de produção e reprodução sociais. Ou seja, a luta das mulheres tem sido obstinada em reafirmar o trabalho doméstico como trabalho social e não como trabalho privado ou individual.

Nesse contexto, o Encontro de Mulheres do SINASEFE é tanto uma conquista quanto  uma luta. Muitas questões feministas ainda são urgentes. A desigualdade grita! O feminicídio aumenta, em especial entre mulheres negras, indígenas e trans. Fazer política, para uma mulher, pode ser menos uma opção do que uma necessidade, pois é para sobreviver e resistir  que as mulheres precisam fazer política.  Lutar contra o machismo é lutar pela vida, é lutar contra todas as violências que atingem as mulheres, nas suas diferentes formas de existir. Lutar contra o machismo é lutar por justiça e igualdade de gênero, é lutar contra o racismo estrutural da sociedade e contra a LGBTfobia.

Iniciativas como o Encontro de Mulheres do SINASEFE, e como a Primeira Plenária das Mulheres do SINTIFRJ, ocorrida em julho, precisam ser incentivadas! Pois só a luta muda a vida das mulheres!

Diretoria Executiva / SINTIFRJ

Biênio 2021 – 2023