Hoje, 29 de agosto, é Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, um dia de luta contra a lesbofobia, o lesbocídio e contra os apagamentos e silenciamentos das mulheres lesbicas. A efemeridade foi criada em 1996, durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), organizado pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro. Depois do primeiro, vieram outros seminários anuais e alguns temas sempre foram permanentes como saúde lésbica, direitos civis, combate a lesbofobia, ausência de dados sobre a violência e o registro das memórias de suas lutas.
A lesbofobia, que se expressa de diversas formas, ainda restringe os direitos das mulheres lésbicas. De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), obtidos através do Disque 100, nos primeiros oito meses de 2023 houve 5.036 violações contra pessoas lésbicas no Brasil. Como avanço agora o MDH distingue as denúncias feitas contra gays e lésbicas. Até 2022, havia apenas a opção “pessoa homossexual”, o que dificultava o levantamento de dados e as comparações. A distinção de dados sempre foi uma luta do movimento lésbico, justamente para que se de a própria visibilidade à violência que só as mulheres lésbicas sofrem.
A lesbofobia gera sofrimento e o adoecimento das mulheres lésbicas, por isso é tão importante defender suas existências, a compreensão de suas experiências e a formulação de políticas públicas qualificadas, de combate à violência, de acolhimento e outros direitos políticos.
Nos ambientes institucionais, como o IFRJ, precisamos continuar trabalhando para produzir um espaço seguro para lésbicas, para acolhê-las, encaminhar denúncias se houverem, enfrentar e prevenir essas violências, possibilitar acompanhamento psicológico, criar coletivos para que estejam com suas iguais, entre outros. Isso porque no âmbito da educação, a lesbofobia ainda se manifesta de maneira inaceitável.
Então sejamos nós a ter esse tipo de iniciativa através dos Núcleos de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEDS) e nos nossos ambientes escolares. SINTIFRJ pela visibilidade lésbica e contra a lesbofobia!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025
