Hoje, 25 de outubro, é dia da democracia, dia de celebrar e defender esse sistema que proporciona representatividade de diversos segmentos da sociedade e valorização da soberania popular.
A escolha da data faz referência ao dia da morte de Vladimir Herzog, jornalista e militante na luta pela democracia e pelo fim da censura praticada pela ditadura militar. Herzog foi torturado e morto pelo regime ditatorial em 1975. Sua morte causou indignação popular e tornou-se um marco na luta pela redemocratização do Brasil, consolidada com a Constituição Federal de 1988.
Nossa democracia é fruto da luta de muitos brasileiros e brasileiras pelo direito ao voto direto, secreto, universal e pela representatividade e autonomia do povo. Segundo o Datafolha, atualmente, 79% dos brasileiros avaliam que a democracia é a melhor forma de governo.
Infelizmente, hoje, temos no Brasil um presidente da república que ameaça constantemente a democracia. E agora, próximo ao segundo turno das eleições, essa ameaça fica mais forte com uma campanha à reeleição que joga sujo, baseada em fake news.
Jair Bolsonaro sempre flertou com ditaduras e com modelos de governo autoritários desde o início de sua carreira política, incluindo a ditadura militar no Brasil, a qual elogia, além de participar de eventos comemorativos do Golpe de 64.
O presidente já chamou de “grande estadista” e “homem de visão” o ex-ditador do Paraguai, Alfredo Stroessner, responsável por uma ditadura que torturou 18 mil pessoas, com 400 mortes e desaparecimentos. O ditador também era reconhecidamente pedófilo: praticou um esquema de sequestro e estupro de meninas de 10 a 15 anos. Violou mais de 1600 crianças e ainda era apoiador do nazismo.
Bolsonaro já exaltou a figura de Augusto Pinochet, ex-presidente do Chile. A ditadura de Pinochet torturou e assassinou cerca de 40 mil chilenos. O estupro era a tortura mais comum para as mulheres. Em um episódio, Bolsonaro debochou do pai de uma comissária da ONU, torturado e morto pela ditadura pinochetista. Em 2018, Bolsonaro disse que “Pinochet tinha que ter matado mais gente”.
Além desses, o presidente brasileiro já elogiou Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, que perseguiu, sequestrou, torturou e matou opositores. Para o NY Times, Bolsonaro revelou ter simpatia por Fujimori e disse que a saída para o Brasil seria a “fujimorização”.
Fora esses ditadores, Bolsonaro também tem vínculos com Viktor Orbán, o primeiro-ministro conservador da Hungria. Orbán é conhecido por sua política xenófoba contra os imigrantes, homofóbicas contra os LGBTQI+, e por ter cassado licenças de empresas de mídia. Numa tentativa de corromper a democracia, o primeiro-ministro aumentou o número de juízes do Supremo Tribunal do país de 11 para 15, e nomeou os ocupantes das novas cadeiras. Bolsonaro propôs fazer a mesma coisa aqui no Brasil.
O presidente do Brasil põe em dúvida constantemente o funcionamento das urnas brasileiras para, possivelmente, deslegitimar o resultado das eleições caso perca. Dá para sentir o cheiro de golpe. Além de proferir ofensas contra jornalistas, o que incentiva a violência física e verbal de seus apoiadores contra a imprensa.
É necessário lutar pela nossa democracia diariamente, fazer frente a esse governo devastador e anti democrático. Por isso, no dia 30 é Eleger Lula para derrotar Bolsonaro!
Fora, Bolsonaro!
SINTIFRJ na luta!
Direção Executiva – Biênio 2021-2023.
