Hoje, 17 de outubro, é o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, uma data criada pela ONU com o objetivo de dar visibilidade ao elevado número de pessoas que vivem na extrema pobreza no mundo e reforçar o dever dos governos em assegurar sua erradicação.
A erradicação da pobreza faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e infelizmente, as previsões apontam que o mundo não conseguirá cumprir a meta estabelecida pela organização nos anos 90 de eliminar a pobreza até 2030. De acordo com dados do Banco Mundial, mais de 70 milhões de pessoas foram para a linha extrema da pobreza em 2020, sendo impulsionados pela pandemia e a guerra na Ucrânia.
O Brasil é um dos países que andam na contramão da erradicação da pobreza, ainda mais sob o governo Bolsonaro que nunca apresentou caráter social. Segundo estudos da FGV Social, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, o que representa 29,6% da população total do país. Em dois anos, 9,6 milhões de pessoas ingressaram no grupo de brasileiros que vivem em situação de pobreza. É um recorde histórico pela velocidade com que a pobreza cresceu.
Dentro da pobreza se inclui a fome. No Brasil, cerca de 33,1 milhões de pessoas vivem em situação de fome, de acordo com a Rede Penssan. Os dados apontam que essa parcela se inclui em 125,2 milhões de pessoas que vivem com algum grau de insegurança alimentar. Número que corresponde a mais da metade da população do país: 58,7% . É muita gente.
Esse quadro é equivalente ao da década de 1990. O retrocesso é gigantesco. Por isso, é necessário reconhecer a urgência de tirar do poder o desgoverno Bolsonaro, que deixou a pandemia atingir os piores patamares e pouco ou nada fez para reduzir esses impactos. Os mecanismos de contenção da pobreza e da fome foram insuficientes frente à inflação sem controle dos alimentos e outros produtos básicos, e ao desemprego, que diminui a renda dessas famílias.
Até o fim do mês não podemos esquecer esses dados e nossa luta tem que continuar contra esse governo genocida! É Fora Bolsonaro!
Sintifrj na luta! Direção Executiva – Biênio 2021-2023
