Hoje, 19/09, comemora-se o aniversário do educador Paulo Freire, patrono da Educação brasileira. Nascido em Recife, em 1921, e falecido em São Paulo, em 1997, o pernambucano ficou conhecido por criar uma prática didática revolucionária e inclusiva que inaugurou a chamada Pedagogia Crítica.
Um dos seus feitos notáveis foi alfabetizar 300 adultos em 45 dias, na cidade de Angicos (RN), com um método de ensino que usa elementos do cotidiano do aluno e funda uma nova forma de aprendizado, valorizando uma visão crítica da realidade. Seu laureado livro Pedagogia do Oprimido é referência mundial para professores e estudiosos da Educação.
Lembrar de Paulo Freire é fundamental neste ano eleitoral, pois o voto pode reverter o retrocesso que a Educação sofreu com os governos Temer e Bolsonaro. Um dos principais ataques ao ensino público é o teto de gastos, que reduz drasticamente investimentos em Educação.
Outro grande problema para a Educação brasileira foi a Reforma do Ensino Médio, que aprofunda desigualdades e vai contra a metodologia do educador. Em Paulo Freire, o aluno se torna crítico ao ter acesso a um conhecimento amplo e de qualidade. Ao contrário, no Novo Ensino Médio, com uma visão tecnicista do ensino, o aprender se assemelha à “educação bancária”, termo crítico do educador, que privilegia o mercado e não o aluno.
O “Novo Ensino Médio” propõe que o aluno escolha suas disciplinas, podendo descartar matérias fundamentais para a compreensão da sociedade. Além disso, a nova Base Nacional Comum curricular é criticada pelos conteúdos de pouca profundidade, algo que a pedagogia freiriana discorda.
No início deste mês, o presidente Bolsonaro voltou a criticar os métodos de Paulo Freire, dizendo que suas metodologias não geraram progresso nenhum e construíram uma “fábrica de militantes em todo o Brasil”. Bolsonaro e seus apoiadores repudiam as ideias de Paulo Freire, pois sabem que elas fazem com que os estudantes entendam que podem mudar a própria realidade através da educação.
Defender as ideias de Paulo Freire é fundamental para combater a exclusão na educação e para que ela seja libertadora!
SINTIFRJ na luta pela educação transformadora!
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