Hoje, 23 de setembro, é Dia da Visibilidade Bissexual, uma data criada por ativistas dos direitos bissexuais nos Estados Unidos em 1999 que ressalta a importância do combate à bifobia. No Brasil, cerca de 1,1 milhão de pessoas adultas se declaram bissexuais, representando 0,7% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): Orientação sexual auto identificada da população adulta, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022. Entretanto, esses resultados podem estar subnotificados já que por conta da bifobia, que é o preconceito que as pessoas bi sofrem, muitas pessoas ao menos conseguem se identificar como bissexuais. Ou seja, o número real de pessoas que se identificam como bissexuais pode ser maior.
A maior forma de manifestação da bifobia é através da invisibilidade, do apagamento e do preconceito. Infelizmente, a bissexualidade ainda é vista como uma “confusão” e preconceituosamente caracterizada como uma fase de experimentação, transição, moda ou como uma busca de certeza sobre a sua orientação sexual “verdadeira”. Além disso, as pessoas bissexuais muitas vezes têm sua identidade questionada quando se relacionam com alguém do sexo oposto. Não se sentir aceito, ainda mais na comunidade LGBTQIA+, que deveria ser um espaço de acolhimento mas muitas vezes também é um espaço de preconceito, pode deprimir as pessoas bissexuais em muitos aspectos.
Para a luta pela visibilidade bissexual progredir é necessário que se busque conhecimento a partir da escuta e acolhimento a todos(a) com o objetivo de barrar preconceitos e retrocessos que prejudicam determinados grupos. As instituições e os espaços sindicais devem acolher pessoas de todo gênero, raça e orientação sexual, abraçar as suas causas, falar e denunciar preconceitos que aconteçam nos ambientes escolares ou de trabalho. Que o SINTIFRJ e o IFRJ consigam ser esses espaços acolhedores sempre!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025
