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Um ano da tentativa bolsonarista de derrubar a democracia

Ontem completou um ano da terrível invasão e depredação realizada por grupos terroristas pró-Bolsonaro no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. A violenta ação golpista dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, revoltados com a vitória de Lula nas urnas, tentou romper o regime democrático vigente no país, provocando o caos social em busca de intervenção  militar para impedir a posse do novo chefe do Executivo Federal. A ocorrência dessa ultrajante investida contra o Estado Democrático de Direito em vigor no Brasil  é, inequivocamente, produto  do perverso modo fascista de pensamento e ação da extrema direita nacional, representada em larga escala por clãs bolsonaristas. 

Nesse fatídico evento, mais de duas mil pessoas foram detidas por suposta participação nas vandalizações. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu diversas liberdades provisórias entre os meses de fevereiro e junho de 2023. A maioria dos suspeitos dos atos golpistas foi posta em liberdade após uma solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR). De acordo com as atualizações, o STF já condenou 30 pessoas e 66 seguem presas. Os 30 condenados por participação nos lamentáveis atos golpistas foram enquadrados nos delitos de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. 

Com mandados expedidos pelo STF, a Polícia Federal (PF) deu início, em 20 de janeiro de 2023, à operação Lesa Pátria, que buscou prender suspeitos de terem participado, financiado ou fomentado os atos terroristas do dia 8. Até agora, a operação já cumpriu 92 mandados de prisão; 399 mandados de busca e apreensão; além de ter instaurado 17 inquéritos policiais. A operação da PF se tornou permanente, sem prazo para fim, pois muitas investigações ainda estão em curso. 

O 8 de janeiro infelizmente deixou uma mancha em nossa história, aflorando o terror extremista, velado no passado, presente em determinados grupos existentes no país, e fazendo renascer o temor por um novo governo ditatorial no  Brasil, como os que ocorram ao longo do período do Estado Novo e da Ditadura Militar, dos quais somente conseguimos nos livrar por meio de muita luta e perdas de vida. 

Portanto, camaradas, não devemos, jamais, esquecer que a democracia demanda luta diária para ser mantida, e de que a educação está inserida nesse contexto, tendo para si o papel de conscientizar os cidadãos, as novas gerações, produzindo um ensino crítico que impeça a germinação no seio das sociedades das catastróficas e funestas ideologias neofascistas .

Golpistas, terroristas e neofascistas, não passarão! Sem anistia! SINTIFRJ na luta!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025