Todos os anos, em 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, um dia para apoiar as pessoas que vivem com HIV. Instituída em 1988, esta data foi o primeiro dia internacional para a saúde global. A cada ano, agências da ONU, governos e sociedade civil têm o compromisso de fazer campanhas em torno de temas específicos relacionados ao HIV, com atividades de conscientização e mobilização para arrecadação de fundos ao redor do mundo. A fita vermelha é símbolo universal de conscientização e solidariedade com as pessoas que vivem com HIV.
O UNAIDS, que é o programa conjunto das Nações Unidas que tem como finalidade liderar e coordenar a resposta global à epidemia de HIV/AIDS, definiu que o objetivo desta luta este ano é destacar a necessidade de liberar todo o potencial das lideranças comunitárias contra a AIDS, porque acredita-se que a doença pode até acabar se houver esse esforço necessário. De acordo com a UNAIDS, organizações da sociedade civil de todo mundo que vivem com, estão em risco de, ou são afetadas pelo HIV são a linha de frente do progresso na resposta ao HIV. Mas, por diversos fatores, as comunidades estão sendo impedidas em sua liderança. A falta de financiamento, obstáculos políticos e regulatórios, limitações de capacidade e repressões à sociedade civil e aos direitos humanos de comunidades marginalizadas obstruem o progresso dos serviços de prevenção e tratamento do HIV são alguns desses fatores.
Aqui no nosso país, apesar de hoje existirem tratamentos acessíveis até mesmo no SUS, ainda há necessidade da atenção e do financiamento para combater a AIDS, além de investir na conscientização contra o estigma e a discriminação. De acordo com o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, quase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a Aids como causa básica. Do total das 10.994 mortes registradas, os negros representam quase o dobro de brancos. Isso é demonstrativo de que além da doença continuar levando vidas ela ainda leva as pessoas negras que são mais vulnerabilizadas.
Que a luta contra a AIDS não deixe de estar na vista dos nossos governantes e também na nossa, que podemos ajudar como pudermos na conscientização e no acolhimento dessas pessoas!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025
