Hoje, 25 de julho, é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha, data que dá visibilidade à luta contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo sob as mulheres no território da América Latina, tão prejudicado pela colonização. A efemeridade foi criada no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana, em 1992, que tinha como objetivo debater e lutar contra o patriarcado e o racismo histórico. O movimento foi tão eficaz que esta data foi reconhecida pela ONU. No Brasil, esse dia homenageia Tereza de Benguela, líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII.
A efemeridade nos lembra o quão necessário é fortalecer e unir mulheres negras, indígenas, latinas na luta contra a violência e as desigualdades de gênero e raça, colocando-as como protagonistas no debate e nas ações de combate. Essas desigualdades são cicatrizes deixadas pela colonização e escravidão que até hoje impactam a nossa realidade. Um exemplo disso é um dado do Dieese do final do ano passado que mostra que a taxa de desemprego das mulheres negras no Brasil é de 11,7%, dois pontos maiores que as dos homens negros. O Dieese também relatou que a maior parte dessas mulheres ocupam a profissão de empregada doméstica, algo que ainda é muito precarizado e onde elas recebem menos que um salário mínimo, algo semelhante a escravidão.
O Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha ressalta a continuidade da luta até uma sociedade justa e o incentivo para que as mulheres negras e indígenas continuem mobilizadas e articuladas, porque, como sabemos, só dessa forma é possível mudar dados como o citado acima. Com todas as mulheres juntas será possível reivindicar políticas públicas, de cultura, de assistência, de trabalho, tal como de educação que é a grande arma para mudar consciências e a estrutura social.
Como divulgamos anteriormente, o SINASEFE promoverá hoje as 19h uma live de formação para debater sobre a situação da mulher negra latino-americana e caribenha e a educação antirracista. Também os Núcleos de Gênero e Diversidade (NUGEDS) e os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFRJ estão realizando atividades e menções sobre, como o NUGEDS e o NEABI do Campus Pinheiral que realizará um debate sobre o tema no dia 31 de julho, às 13h, no próprio Campus, no relógio de Sol.
Vamos juntas e juntos na construção de uma sociedade digna para todas as mulheres, em especial, as que são precarizadas pela história! Sintifrj na luta!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025