Ontem, 10 de setembro, foi o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, data criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar a atenção de governos e entidades diversas quanto às causas e táticas de prevenção do suicídio. No Brasil, temos o “Setembro Amarelo”, que é a campanha que marca o mês dedicado à prevenção ao suicídio, organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (APB) e pelo Conselho Federal de Medicina em parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV). A campanha tem o mesmo objetivo da data comemorativa do dia 10.
O número de suicídios no país, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. No último ano, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. O suicídio ocorre por vários motivos, acrescentado-se nos últimos anos o impacto da pandemia da Covid-19, que gerou dificuldades no acesso à assistência em saúde mental e favoreceu um cenário de desemprego, precarização do trabalho, depressão, ansiedade, estresse e solidão, causados também pelo isolamento e o luto pela perda de pessoas próximas.
Para tentar combater o problema, existem formas de prevenção que podem ser aplicadas nos ambientes de trabalho, assim como nos ambientes acadêmicos. De acordo com especialistas, um dos primeiros passos é conversar com a pessoa que tentou o suicídio ou manifesta ideações e comportamentos associados ao suicídio (isolamento, frases de despedida, silêncio, choro e humor deprimido, abuso de substâncias como álcool e drogas, rompimento com amigos e parceiros etc) e falar diretamente sobre o assunto de maneira respeitosa e preocupada, evitando fazer falas que diminuam o problema dessa pessoa ou apresentem soluções fáceis. O importante é ouvir e acolher sem julgamento. Juntamente à conversa, é fundamental acompanhá-la ou encaminhá-la para um psicólogo e/ou psiquiatra o mais rápido possível, bem como comunicar e solicitar o apoio da família ou pessoas íntimas.
Os profissionais podem ser encontrados nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) onde é possível marcar uma consulta com um psiquiatra e/ou psicólogo. Segue abaixo a lista das unidades do CAPS no Rio de Janeiro: https://carioca.rio/servicos/atendimento-em-centros-de-atencao-psicossocial-caps/
Também é possível ligar para o CVV pelo 188, que oferece acolhimento gratuito por telefone 24 horas por dia, ou entrar em contato através do chat do site e por e-mail. É gratuito e sigiloso. Segue abaixo o link do site que levará ao contato pelo o chat ou e-mai: https://www.cvv.org.br/
Se precisar, busque ajuda! Se souber de alguém com intenções suicidas, busque ajudar acolhendo e orientando a buscar apoio profissional!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025
