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3 de novembro é o Dia da Instituição do Direito ao Voto Feminino

Apesar de hoje encararmos o voto como um direito óbvio, não tão distante, antes da década de 30, as brasileiras não podiam eleger seus representantes. 

Somente em 1932, a partir da aprovação do Código Eleitoral pressionado pelo movimento sufragista brasileiro, as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar nas eleições de 1933. 

A professora Celina Guimarães Vianna, foi a primeira mulher a votar no Brasil. Ela e outras brasileiras como Bertha Lutz, fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, em 1922, foram pioneiras no movimento sufragista do país.

Mesmo com a aprovação das leis, as mulheres enfrentaram ainda muitas dificuldades para votar. O código provisório permitia que apenas mulheres casadas, com autorização do marido, e viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. 

Eram obstáculos atrás de obstáculos, que demoraram um tempo para serem superados. Por exemplo, o voto feminino só se tornou obrigatório em 1946 e as mulheres analfabetas só puderam votar em 1985. Esse processo mostra que a dificuldade de progresso dos direitos das mulheres sempre existiu.

Hoje no Brasil, as mulheres representam 52,6% dos eleitores no Brasil, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E foram elas que decisivamente tiraram Jair Bolsonaro do poder. Um levantamento feito pelo IPEC, um mês antes do início das eleições, informa que 54% das mulheres negavam o voto em Bolsonaro, que nunca chegou a valorizar políticas para elas e também sempre foi misógino.

O voto feminino é fundamental para que mulheres consigam questionar, cobrar, garantir direitos e ter voz ativa na sociedade, por isso é necessário continuar garantindo-os e além, inserindo cada vez mais mulheres dentro do Poder Público. É necessário mudar a estrutura masculina da política brasileira que não garante a representatividade feminina! ✊🏽💜

Sintifrj na luta!

Direção Executiva – Biênio 2021-2023