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Quem mandou matar Marielle e por quê?

A luta é para fazer com que essa pergunta não morra, não deixe de existir, não deixe de ecoar, porque com toda certeza há muitos querendo fazer com que esse caso caia no esquecimento sem a resolução necessária.

É estranho, quando nota-se que ao longo desses quatro anos, três grupos diferentes de promotores ficaram à frente do caso no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e na Polícia Civil, o quinto delegado assumiu há pouco mais de um mês. Por que tantas trocas?

Fora que ainda não foi analisada parte do material da investigação, já que arquivos apreendidos na casa de Ronnie Lessa, assassino de Marielle, chegaram ao MPRJ Público apenas na última terça-feira. E também a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) levou mais de três anos para encaminhar ao Ministério Público cerca de 1,3 mil arquivos de fotos e vídeos do caso. Por que tanta enrolação? Existe alguma interferência que atrasa os procedimentos?

Os executores Ronnie e Élcio Vieira de Queiroz, ambos ex-policiais militares, agora presos, até o momento não abriram a boca sobre o crime. Já as indicações dos possíveis suspeitos do mandato do assassinato ainda não encontraram sustentação.

Essa luta não é apenas por justiça para Marielle e Anderson, mas para deixar transparecer a opressão e a censura que, através desse crime planejado, o poder e a elite composta por milicianos exercem sobre quem busca o direito dos mais pobres, mais vulneráveis, das minorias, como fazia a vereadora Marielle, defendendo as mulheres, os favelados, o povo preto e os LGBTs.

O que nos resta agora? Continuar lembrando, cobrando, não deixar passar batido algo que tem extrema importância mesmo que a Polícia Civil e o Ministério Público aleguem a falta de prazo para a conclusão da investigação. O SINTIFRJ, juntamente com outros sindicatos e movimentos sociais continuará gritando: quem mandou matar Marielle e por quê?

Saudações à luta!

Direção Executiva – Biênio 2021-2023