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Servidores da Educação aprovam a greve na 171ª Plena do SINASEFE

Realizada via plataforma Zoom no último sábado, 12/03, com a participação de 23 seções sindicais, incluindo o SINTIFRJ, 33 delegados, 22 observadores e 24 integrantes da Direção Nacional, a 171ª Plena do SINASEFE aprovou a proposta de deflagração da greve e a comunicação desta ao governo federal por meio da Assessoria Jurídica Nacional (AJN) da entidade. Não houve votos contrários, apenas duas abstenções.

No próximo dia 16, haverá um ato em Brasília, organizado pelo FONASEFE e pelo FONACATE, e paralisação marcando o Dia Nacional de Greve para lembrar ao governo que trabalhadores da Educação não vão desistir de cobrar o índice de 19,99% de reajuste salarial pleiteado pela categoria e protocolado no Ministério da Economia em janeiro. Caso não haja avanços após a pressão da manifestação, os servidores entrarão em greve por tempo indeterminado no dia 23 de janeiro, quando haverá uma plenária híbrida em Brasília, para seguir com os debates da greve e avaliar a realização do ato do dia 16.

A Direção Nacional informou aos presentes que o SINASEFE reuniu-se no dia anterior com o CONIF para entender como as reitorias dos Institutos Federais tenderiam a agir em caso de possibilidade de corte de ponto dos grevistas. Segundo a entidade, o encontro foi positivo quanto ao entendimento das reitorias presentes naquela reunião sobre o direito legítimo de greve por recomposição salarial. Mas não sendo essa, ainda, uma posição firmada do conselho, que deve debater o assunto em colegiado, o SINASEFE solicitou estar na próxima reunião do CONIF, no dia 22 de março, para convencer às reitorias do justo apoio à greve. O sindicato informou que pediu também um encontro com o conselho para debater os cortes no orçamento da Rede Federal de Ensino, os ataques aos cursos integrados dos Institutos Federais com a aplicação da Reforma do Ensino Médio, e a recuperação pedagógica dos estudantes no retorno ao ensino pós-pandemia.

O coordenador do SINASEFE explicou ainda que a briga pelos 19,99%, derivados da inflação em três anos, pode acontecer até o dia quatro de abril por estarmos em ano de eleições. A legislação eleitoral impede a concessão de aumentos dessa natureza nos 180 dias que antecedem o pleito e, após essa data, a reivindicação teria que pedir apenas a reposição das perdas pela inflação do ano passado: 10,06%, ou mudar para reestruturação de carreiras, o que divide as categorias. Por isso, as bases defendem que a hora de se mobilizar é agora, pois são cinco anos sem reajuste, como lembraram os servidores na plenária.

Faixaços, paralisações parciais, panfletagens e palestras foram sugeridas como boas estratégias de visibilidade para a mobilização pelas seções sindicais presentes à 171ª, que aprovaram o ato do dia 16. “Reposição não é aumento! Fora Bolsonaro!” – bradaram os colegas de luta ao fim da plenária.

Em Brasília-DF, a concentração será às nove da manhã, na tenda Espaço do Servidor, que fica entre os blocos C e D da Esplanada dos Ministérios, e a passeata sairá às 10 horas rumo ao Ministério da Economia. Haverá vigília permanente no local até a greve.

Teremos ainda atos em outras capitais e cidades, como no Rio de Janeiro-RJ, onde o SINTIFRJ faz parte da construção através do Fórum das Entidades do Serviço Público Federal, que convocou toda a categoria para concentração as 16h no Largo do Paço – Praça XV – Centro.

A hora de lutar é agora! Só a luta muda a vida!

Saudações sindicais!