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Deliberações da última Assembleia Geral Virtual: o SINTIFRJ trabalhará duro nesses próximos 30 dias para mobilizar a base para a possível greve nacional

Nesta última terça-feira, dia 5 de março, o SINTIFRJ realizou mais uma Assembleia Geral Virtual que contou com debates pontuais para esse momento decisivo de greve nacional da educação no nosso país. As pautas foram, além dos informes gerais, a eleição de delegados(as) para a 187ª Plenária Nacional do SINASEFE, que ocorrerá nos dias 16 e 17 de março, os informes das mesas de negociação com o governo, a recomposição salarial e a reestruturação das carreiras e por fim sobre a nossa situação com o estado de greve.

 

Como deliberação desta assembleia, o SINTIFRJ aprovou que:

  • Na 187ª Plenária Nacional do SINASEFE Daniela Zanotti, coordenadora geral do SINTIFRJ, será delegada pela direção executiva do Sindicato e Fernando Oliveira, docente do IFRJ e integrante da Direção Nacional do SINASEFE, será delegado pela base. Ambos foram eleitos de maneira consensual;
  • O SINTIFRJ manterá o ESTADO de GREVE durante os 30 dias, pedido feito pelo governo para as entidades sindicais e durante este tempo ficaremos na mobilização em toda comunidade do IFRJ para uma possível greve nacional no próximo mês;
  • O Comando de Estado de Greve vai construir um calendário de mobilização para esses próximos 30 dias;
  • Os delegados também vão defender na plenária nacional, em nome da base, um indicativo de greve para abril;
  • No próximo mês o SINTIFRJ fará uma nova assembleia para deliberar ou não a adesão à greve nacional.

 

Debate sobre a greve nacional

Durante a assembleia, a greve nacional foi a questão central de discussões e debates dos presentes. A coordenadora geral, Roberta Cassiano, trouxe uma contextualização de tudo que vem ocorrendo nos últimos meses entre as negociações do governo com os(as) servidores(as) da educação e como se desencadeou esse cenário crítico de pré-greve em que a categoria se encontra hoje. É de conhecimento geral que diante das enrolações do governo federal quanto à recomposição salarial e reestruturação das carreiras, os(as) trabalhadores(as) federais da educação não estão vendo outro caminho sem ser a ferramenta da greve.

Ela também lembrou de outros pontos como a diminuição do orçamento das universidades e instituições federais, o que mostra a desvalorização da educação, do revogaço que vem sendo ignorado, da equiparação de benefícios que não se atinge com esse aumento nos benefícios que eles querem dar e que o que os(as) servidores(as) da educação receberam ano passado é muito insuficiente, ainda está muito abaixo das perdas, para que o governo determine 0% de reajuste neste ano. Isso tudo em um cenário em que outras carreiras foram beneficiadas e a educação que parecia ser a “prioridade” do governo está sendo deixada para trás.

Diante da ameaça de greve, membros do governo pediram para as entidades sindicais aguardarem mais 30 dias. As entidades sindicais, por sua vez, estão neste momento decisivo, em que estão decidindo se vão começar a greve agora neste mês ou no próximo. Por isso a decisão, sugerida pela coordenadora e que foi acatada por todos é que o SINTIFRJ mantenha o ESTADO de GREVE nesses próximos 30 dias, mas com intensa mobilização para que toda a informação chegue às pessoas e com um calendário de lutas que o Comando de Mobilização do Estado de Greve vai promover. Aceitar os 30 dias não é se submeter a mais um prazo que o governo impôs para nos enrolar mas aproveitar esse tempo para mobilizar ao máximo a nossa comunidade pois para entrar na greve precisamos dessa mobilização.

Além disso, o SINTIFRJ vai permanecer alinhado com o SINASEFE Nacional, com os motes de “se não reestruturar a educação vai parar” e também permanecerá alinhado com outras entidades sindicais parceiras como a FASUBRA e o Andes, entre outras.

 

Informes gerais

Fora essas questões centrais, os coordenadores deram alguns informes sobre as atividades mais recentes do SINTIFRJ. Daniel Haack falou sobre a live do SINTIFRJ e do Sinasefe-SP com o MGI sobre o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) que trouxe importantíssimos esclarecimentos e orientações para esse momento de adaptação do programa no IFRJ. A coordenadora geral, Roberta Cassiano, falou sobre o retorno do formulário sobre o status do PGD, um formulário que municiou muito o Sindicato na última reunião com a Reitoria, pois trazia um levantamento dos problemas de implementação do programa. Agora ele voltou com novas perguntas para refinar mais as informações e saber em quais lugares estão ocorrendo os problemas e com que chefia, com que setor da gestão do IFRJ. Por fim, Cassiano também comunicou que o SINTIFRJ mandou um ofício à Reitoria a respeito do auxílio transporte para os(as) servidores(as) que aderiram ao PGD, isso porque a Reitoria pediu para que os mesmos cancelassem o benefício para que fosse feito um novo pedido com as adaptações do programa. Os(as) servidores(as) ficaram preocupados com a tal transição, portanto o SINTIFRJ mandou o ofício levando esse questionamento, de como será esse processo e se vai ocorrer logo para que os(as) trabalhadores(as) não fiquem sem vale transporte. 

 

Precisamos de mobilização!

Durante a assembleia, a coordenadora geral, Roberta Cassiano, lembrou que no final do ano passado toda a base estava bem mobilizada, ativa nas paralisações e atos. Agora que o PGD foi aprovado, ela alega ter notado um esvaziamento. Cassiano afirmou que é preciso recuperar esse movimento o mais rápido possível se o SINTIFRJ embarcar na greve. 

 

Então vamos juntos e juntas mobilizar o máximo que pudermos! Conscientizar nossos(as) companheiros(as) de todo esse cenário e instigá-los a lutar! SINTIFRJ na luta!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025.