No dia 6 de fevereiro, o SINTIFRJ esteve no evento de inaugurações da prefeitura de Belford Roxo junto com o governo federal, com presença do presidente Lula. Nosso Sindicato levou uma grande faixa e protestou pela reestruturação das carreiras TAE e EBTT, lembrando ao presidente que nós o elegemos para que, dentre outras finalidades, valorizasse os(as) servidores(as) públicos federais da educação, porque de nada adianta investir na esfera educacional se os(as) trabalhadores(as) que a sustentam são mal-remunerados. Estiveram presentes, por parte do SINTIFRJ, o coordenador de comunicação, Daniel Haack, a suplente, Leyza Buarque, a coordenadora de finanças e patrimônio, Tátia Áquila, o coordenador da pasta jurídica, Paulo André, e a coordenadora da pasta de combate às opressões, Ana Paula Santos.
O evento, que foi realizado no próprio IFRJ Campus Belford Roxo, teve como intuito anunciar a cessão do terreno e lançar a obra da sede definitiva do Campus Belford Roxo do IFRJ, inaugurar uma escola com o nome do neto falecido do presidente e anunciar investimentos de 40 milhões de reais em um hospital oncológico no município. Vários trabalhadores do IFRJ estavam presentes. O reitor Rafael Almada esteve no palco junto ao presidente Lula e a outras entidades políticas, como o Ministro da Educação, Camilo Santana, ao qual nossos representantes também quiseram chamar a atenção, para que lembre de apoiar os servidores públicos federais da educação em sua busca por carreiras dignas, fazendo-se importante mencionar que, em relação aos TAE, essa autoridade sequer os cita em seus agradecimentos, parecendo esquecer que tal categoria profissional também compõe o quadro de trabalhadores da pasta que comanda.
O reitor do IFRJ, Rafael Almada, fez um discurso em relação ao histórico do Campus Belford Roxo e, diferentemente do ministro citado, incluiu em sua fala menção sobre a urgência da reestruturação da carreira dos TAE para a educação federal. Todavia, apesar da fala correta do reitor do IFRJ acerca da necessidade da reestruturação para os TAE, cabe ao SINTIFRJ o lembrar de que a mesma sensibilidade empregada à causa TAE da porta para fora do IFRJ, deve ser adotada da porta para dentro, garantindo que esses trabalhadores, por exemplo, não tenham mais que se submeter a longas e exaustivas jornadas de trabalho em espaços laborais, não raramente, sem as condições mais elementares de trabalho, ou que deixem de ser obrigados a cumprir arbitrariedades na execução do PGD, como a incabível exigência de cumprimento de controle de frequência, mesmo mediante adoção da modalidade de trabalho por metas, ou ainda que não necessitem mais frequentar ambientes organizacionais permeados por uma cultura institucional permissiva com a prática do assédio.
A unidade do IFRJ em Belford Roxo está em funcionamento desde 2016, em um espaço provisório, em containers. Após acordo com a Prefeitura do município, foi formalizado o repasse do terreno. A iniciativa visa ampliar as vagas em educação profissional e tecnológica, bem como melhorar a infraestrutura do campus para toda a comunidade escolar e a comunidade da região. Segundo o governo, a obra do novo campus, avaliada em R$ 15 milhões, terá infraestrutura moderna de salas de aulas, biblioteca e restaurante estudantil, além de área de convivência, quadra poliesportiva, laboratórios, estacionamento e salas administrativa s. Poderá atender cerca de 1.400 estudantes e atuará na oferta de cursos técnicos, de qualificação profissional e superiores, nas áreas de Formação de Professores, Administração, Logística, Moda e Artesanato. Alguns desses cursos já são oferecidos atualmente.
Durante seu discurso, ao lado doreferido ministro, Lula também falou sobre o programa Pé de Meia, que vai transferir renda para jovens que frequentam unidades de educação de instituições federais. O objetivo é garantir a permanência dos estudantes na escola até que completem o ensino básico. Serão priorizados alunos cuja renda familiar per capita mensal seja igual ou menor a R$ 218. O projeto consiste em oferecer R$ 200 por mês para cada aluno do ensino técnico, além de R$ 1 mil no final de cada ano. Para manter o incentivo, o estudante terá que ter uma frequência escolar superior a 80% e não ser reprovado. Essa é uma política muito importante para os(as) alunos(as) do IFRJ, que historicamente sofrem muito com a falta de renda, principalmente nos campi localizados nas áreas com IDH meno elevado.
São todas boas notícias para a saúde e educação, nossos alunos e os cidadãos do município de Belford Roxo realmente precisam dessas políticas, porém, com a ressalva de que nenhuma ação governamental será capaz de desenvolver uma educação de qualidade, com TAEs e professores(as) mal-remunerados. Afinal, um dos atores mais importantes do processo educativo é o profissional da educação. Por isso, vamos continuar exigindo que sejamos respeitados e que as nossas reivindicações sejam atendidas! Reestruturação das carreiras TAE e EBTT já! Recomposição das perdas salariais já!
