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Primeira Assembleia Geral presencial do SINTIFRJ depois da pandemia conta com convidadas/o e debates fundamentais para a base

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Nesta última quarta-feira, dia 31 de agosto, ocorreu a primeira assembleia geral presencial do SINTIFRJ depois do período pandêmico. Foi um momento histórico de (re)encontro da Direção com a base de sindicalizadas/os e servidoras/es depois de tanto tempo nas assembleias online. O coordenador geral do SINTIFRJ, Fernando Oliveira, fez a abertura agradecendo a presença de todas/os e apresentando as/o convidadas/o. A assembleia contou com a presença de Glauber Braga, deputado federal, de Marina dos Santos, diretora nacional do MST, e de Giovanna Almeida, coordenadora estadual do movimento Perifa Zumbi.

Glauber falou sobre a conjuntura atual das eleições, de sua perspectiva dentro da Câmara, já que é parlamentar e tenta a reeleição. Para o deputado, a eleição será muito dura e Bolsonaro não será facilmente derrotado, pois tem parcela significativa de apoiadores no legislativo e ainda conta com eleitores armados que podem ameaçar a democracia. Outro ponto importante citado foram as tentativas do governo de acelerar os processos de privatização antes do fim deste mandato.

Já Marina falou sobre o retorno do Brasil ao mapa da fome com as políticas agressivas dos atuais governos federal e estadual, e afirmou que no Rio de Janeiro há quase três milhões de pessoas passando fome. Ela defendeu a reforma agrária e falou sobre a elite ruralista no Brasil que quer transformar a terra em lucro e não em moradia e meio de alimentação para a população pobre. Ela propôs que a categoria de trabalhadoras/es  trabalhe sempre num processo de antítese a esses ruralistas e defendeu que um projeto contra a fome é urgente.

A mesa terminou com a fala de Giovanna Almeida, de 23 anos, que destacou que não se deve duvidar do golpismo do governo Bolsonaro e trouxe vários fatores que podem ser preocupantes em relação a isso, pontuando também momentos históricos em que o governo brasileiro sofreu um golpe. Também apontou as falhas da nossa democracia que comprometem necessidades urgentes como a reforma agrária, o pleno emprego e o investimento em educação. 

Depois da fala das/o convidadas/o, as/os servidoras/es fizeram perguntas, intervenções e agradecimentos à mesa. As/o convidadas/o responderam as perguntas e ainda acrescentaram questões como a necessidade de dialogar pacificamente com as/os eleitoras/es evangélica/os, assim como com as/os que estão desiludidas/os com a política.

A assembleia seguiu para os informes, demandas internas e demais pautas propostas. O coordenador Fernando Oliveira fez uma breve apresentação mostrando as principais ações do Sindicato durante o primeiro ano da atual gestão: mostrou quantas assembleias foram feitas (14 no total), as assembleias locais feitas nos campi do IFRJ, as visitas aos campi e os atos de que SINTIFRJ participou, além de apresentar as denúncias acolhidas pela atual direção do sindicato. 

Também foi trazido pelo advogado do sindicato, Giancarlo Bonan, alguns processos que estão em andamento, como a questão das ações de progressões, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), a oposição do sindicato à migração das aposentadorias dos servidores para o INSS, entre outros. Bonan informou sobre alguns processos que a Direção Nacional do SINASEFE ganhou e que atingem a categoria em algumas questões específicas. Nos próximos dias, o Departamento Jurídico do SINTIFRJ emitirá uma nota com mais detalhes a respeito. 

A Campanha da Solidariedade pela Vida, que continua acontecendo nos campi, também foi elencada. A apresentação foi finalizada mostrando os eventos de que o SINTIFRJ participou e promoveu neste ano, como o 34º Consinasefe, a 1º Plenária das Mulheres do SINTIFRJ e o 3º Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE. As coordenadoras Marcela Menequini e Luiggia Girardi falaram um pouco sobre a organização da Primeira Plenária das Mulheres e a participação nos grupos de trabalho do 3° Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE.

Depois da apresentação foram discutidas as demandas internas e foram dados os encaminhamentos. Decidiu-se questionar na reunião do Consup – que estava marcada para a tarde desta quinta-feira, 1 de setembro, mas que não aconteceu por falta de quórum – as demandas acumuladas da categoria, como férias escolares fora do período regular, a paralisação dos processos de progressão e promoção docente, impressões interrompidas no instituto, entre outras.

Além disso, a assembleia deliberou, por ampla maioria, uma resolução política que orienta, o voto em Lula no primeiro turno, o voto em candidatas e candidatos da esquerda para o parlamento e ainda incentiva que a base de trabalhadoras e trabalhadores participem de comitês populares de luta objetivando “eleger Lula para derrotar Bolsonaro”. A Direção Executiva produzirá a resolução e a publicará nos próximos dias. Também foram definidos a/o delegada/o para 176º Plena do SINASEFE, que vai acontecer no próximo sábado, 03 de setembro, remotamente. Foram escolhida/os para representar o SINTIFRJ a coordenadora Marcela Menequini,  pela Direção, e o coordenador Fernando Oliveira,  pela base.

O SINTIFRJ permanece na luta para que nossos espaços continuem sendo de mobilização, mudanças, melhorias e luta para os trabalhadores e trabalhadoras do IFRJ. Essa foi a primeira de muitas assembleias presenciais que virão pela frente. Participe, faça parte da luta você também!