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Síntese da última reunião do Comando de Greve com a Reitoria no dia 26 de junho

No dia 26 de junho, quarta-feira, foi realizada mais uma reunião do Comando de Greve (CG) com a Reitoria do IFRJ. Cabe destacar que tem sido recorrente, nas reuniões do CG com a Reitoria, a dificuldade na comunicação e entraves no diálogo, causados pela postura intransigente do reitor Rafael Almada, que interrompe os companheiros do CG e responde às demandas de forma grosseira e impaciente, causando um grande desgaste em todo o grupo, que considera tal situação cansativa. A discussão em torno da presença ou não dos diretores acabou se alongando mais do que o necessário, impedindo o andamento da pauta e atrasando a reunião.

A reunião iniciou-se com uma integrante do Comando apresentando justamente as questões pendentes sobre a composição e metodologia do GT Calendário. Cabe lembrar que, na última reunião realizada, no dia 18 de junho, o pró-reitor da PRODIN Bruno Campos trouxe uma outra proposta de metodologia para o GT Calendário, segundo a qual o Sindicato que deveria dar início aos trabalhos do GT junto à base e só depois o calendário seria levado à gestão para que fosse referendado. Entretanto, tanto o CG quanto a base dos trabalhadores, visto que o tema foi apreciado em assembleia, chegaram à conclusão de que a metodologia proposta pela Reitoria não seria a melhor alternativa, já que levaria mais tempo tornando, assim, mais trabalhoso o processo. Esclarece-se que o CG reforçou, desde o princípio, a importância de a gestão estar construindo o calendário junto com a comunidade escolar, de forma horizontal, e não apenas aprovar posteriormente, após todo o trabalho coletivo ser feito, podendo ainda referendar — ou não — o calendário proposto.

Outro ponto apresentado pela integrante do CG foi sobre a nota de esclarecimento do calendário pós-greve, que a PROEN encaminhou para apreciação do Comando de Greve, conforme combinado em reuniões anteriores. O CG avaliou a nota, teceu considerações e reencaminhou o documento, fazendo algumas sugestões de alteração no texto, porém, ainda sem retorno, por isso, enfatizou-se a necessidade também deste retorno para iniciar os trabalhos do GT. Por fim, a integrante solicitou da gestão a garantia do acordo celebrado no início da greve quanto à reposição qualitativa das atividades pós-greve.

Ao responder os questionamentos do CG, o reitor Rafael Almada deixou evidente a confusão que havia feito, pois estava achando que a referida reunião já seria para iniciar os trabalhos do GT Calendário. Ele justificou que se confundiu porque os assuntos apresentados não estavam claros no e-mail de convocação da reunião. Além disso, para esta reunião, o reitor acabou convidando todos os Diretores Gerais (DGs) dos campi justamente por achar que essa seria a primeira reunião do GT.

Perante as declarações do reitor, os integrantes do CG disseram que haviam estranhado a presença desses DGs e que o intuito da reunião em curso era justamente discutir o que a gestão retornaria, já que estava apresentando uma metodologia diferente daquela proposta inicialmente pelo Comando. Então, um integrante do Comando pediu para que os presentes que não faziam parte da gestão se retirassem da reunião, já que esta era apenas entre o CG e a Reitoria. O reitor imediatamente interrompeu o integrante do CG e disse que discordava desse pedido, afirmando que a reunião era pública e que todos podiam participar, não havendo, portanto, nenhum problema. Durante a reunião, o reitor insistiu várias vezes que os convidados deveriam permanecer, citando como exemplo outras reuniões entre o CG e a Reitoria, públicas. O integrante salientou que aquela atitude de interrupção da fala era um desrespeito. 

Assim, outros integrantes do CG se manifestaram e apoiaram a ideia do companheiro de pedir a retirada dos DGs, argumentando que a presença desse grupo poderia acabar atropelando as discussões já iniciadas ou até mesmo trazer assuntos não relevantes para o momento, já que se tratava de uma pauta única. Também foi dito pelo CG que a abertura pública desta reunião em específico não havia sido acordada previamente. No fim desse debate, alguns DGs saíram da reunião por iniciativa própria e outros, que se consideram parte da gestão, permaneceram nela.

Diante de toda essa situação, o reitor afirmou que alguns integrantes do CG estariam criando dificuldades para iniciar a reunião, chegando até a acusar os membros do CG de estarem procurando um inimigo, criando assim um clima desconfortável entre todos os presentes. Almada também afirmou diversas vezes que não havia divergência entre as propostas do CG e da Reitoria, e que a construção seria, sim, coletiva, ouvindo a opinião dos diferentes segmentos, docentes, TAEs e discentes, de cada unidade. O reitor sugeriu ainda que as comissões locais se reunissem nos campi para tirar posicionamentos sobre o calendário letivo e que trouxessem esse retorno para que a construção fosse feita coletivamente. Também disse que a construção do calendário é operacional, é somar e ver a legislação e que na verdade o que o GT Calendário precisa avaliar são as diretrizes. Por fim, Almada solicitou que houvesse o agendamento de uma primeira reunião para o GT Calendário e confirmou que a reposição qualitativa, que está no acordo feito entre CG e a Reitoria, está garantida.

Nesse ínterim, os integrantes do Comando tentaram explicar ao reitor, diversas vezes, que as propostas apresentadas eram diferentes, tanto na composição do GT quanto na metodologia, mas não houve entendimento nesse sentido. Ademais, os integrantes do CG acataram o agendamento da primeira reunião do GT, além de defenderem que o processo aconteça de forma mais rápida possível. Felizmente, a primeira reunião do GT Calendário ocorreu já nesta segunda-feira, dia 1 de julho, e, em breve, divulgaremos mais informações e os encaminhamentos dessa primeira reunião.

Após isso, uma das integrantes do Comando solicitou os nomes dos 3 Diretores de Ensino (DEs) por cada mesoregião e também a composição dos membros da Reitoria para o GT, que a gestão havia combinado de encaminhar. Apenas no fim da reunião essa questão foi respondida, porém, a gestão ainda não tinha os nomes naquele momento, mas se comprometeu a entregá-los posteriormente.

Lembrando que o Comando sugere a seguinte composição para o GT:

  • 2 representantes da PROEN;
  • 2 representantes da PROPI;
  • 2 DEs por mesoregião (baixadas litorâneas, sul fluminense e região metropolitana);
  • 2 representantes da Direção Executiva do SINTIFRJ; 
  • 1 TAE, 1 docente e 1 discente ou responsável, com respectivos suplentes, de cada campi, representando assim a comunidade escolar;  
  • 2 TAEs da Reitoria e respectivos suplentes.

 

Ficou acordado que esse grupo não fosse tão grande para não atrapalhar o operacional. A ideia é que o GT seja curto, porém, intenso, para que se possa aproveitar esse período de início de julho, antes do recesso, para apresentar soluções e dar os encaminhamentos necessários para a construção do calendário acadêmico, seguindo a legislação vigente.

Ao final, críticas foram feitas pelos integrantes do Comando quanto à falta de comunicação entre os gestores, o que acabou gerando toda essa confusão, e também ao comportamento apenas aparentemente democrático da gestão, que dificulta as tomadas de decisão coletivas, mantendo, contudo, uma aparência de normalidade institucional. Por fim, o reitor concordou com a composição e metodologia propostas pelo Comando de Greve e se comprometeu a emitir a portaria de composição do GT, assim que os nomes dos representantes dos campi estivessem completos. Como já relatado anteriormente, o GT Calendário iniciou seus trabalhos já nesta segunda-feira, dia 1 de julho. No entanto, além de não enviar os nomes de seus representantes, a reitoria informou por e-mail que “por questões da retomada de atividades pós greve e demandas juntos aos campi e reitoria” que não seria possível a participação destes na reunião de hoje, pouco tempo antes dela começar.

A próxima reunião entre a Reitoria e o agora antigo Comando de Greve ficou agendada para o dia 3 de julho.

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