No dia 19 de setembro é comemorado o aniversário do educador Paulo Freire, patrono da Educação brasileira. O educador nasceu em 1921 em Recife, e faleceu em São Paulo, em 1997. Provavelmente seu maior feito tenha sido a criação de uma prática didática revolucionária e inclusiva que iniciou a chamada Pedagogia Crítica.
O pernambucano também ficou conhecido por alfabetizar 300 adultos em 45 dias, na cidade de Angicos (RN), com um método de ensino baseado em sua visão crítica. O educador discordavad a premissa de que o professor era o detentor de todo o conhecimento e que o seu papel era exclusivamente o de depositar o conhecimento na “cabeça” dos estudantes, que seriam polos vazios e passivos do processo de ensino-aprendizagem. Segundo Freire, era preciso conhecer os alunos e alunas a fundo, a partir de suas experiências e elementos do seu cotidiano, para assim conseguir a plenitude do processo educativo considerando também os seus aspectos ético, político e estético. Seu livro Pedagogia do Oprimido é referência mundial para professores e estudiosos da Educação.
Em 1964, Paulo Freire foi convidado pelo governo para disseminar seu método de alfabetização pelo Brasil, em um projeto chamado Projeto Nacional de Alfabetização, que tinha o objetivo de alfabetizar 5 milhões de pessoas. Entretanto, com o golpe militar de 1964, o programa foi interrompido, pois as elites conservadores, não queriam correr o risco de o país ganhar brasileiros alfabetizados. Esta ameaça à educação emancipadora defendida por Freire ainda é um desafio. Atualmente, ela se expressa, por exemplo, na proposta de reforma do novo ensino médio, na qual o objetivo é criar alunos menos pensantes e mais alinhados à metodologia e às demandas do mercado financeiro e dos interesses econômicos de empresários e organizações privadas sem qualquer compromisso com o povo brasileiro.
Assim como Paulo Freire, nosso objetivo é construir um país onde todos possam ter acesso a educação pública de qualidade e alcançar a equidade para todos e todas através de uma educação que encanta, empodera contra as opressões, emancipa e dá base ao estudante para que ele se reconheça como sujeito e agente da história.
Sintifrj na luta pela educação!
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