“Novo reajuste do auxílio-alimentação é finalmente publicado e índice equipara valores do Senado e TCU; Fenajufe reivindicou isonomia”. Esta foi a chamada para a matéria publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Min. Público (Sintrajufe), no dia 25 de março do ano vigente, em seu portal.
E não é que os servidores do Judiciário Federal conseguiram, por fim, seu antigo pleito por equiparação de seu auxílio-alimentação ao praticado no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Senado. Demanda justa, diga-se de passagem, pois essa diferenciação no auxílio em questão somente se justificaria em um realidade distópica em que os servidores do TCU e Senado demandassem mais calorias diárias em sua alimentação que os demais trabalhadores.
Pois, então, caso resolvido e sacramentado no Serviço Público Federal, com os servidores brincando em família com tigres mansos, à beira de um lago margeado por campos verdes floridos, como naqueles panfletos religiosos antológicos que retratam o paraíso? Definitivamente não!
As carreiras do Executivo Federal, das quais fazem parte tanto os TAEs quanto os docentes, continuam a amargar a realidade distópica da escassez, que os obriga a se alimentarem de forma inferior a todos os demais servidores da União. O governo federal atual, que traz como uma de suas principais bandeiras acabar com a fome no país, diferencia seus próprios trabalhadores em relação ao direito de se alimentarem, diferenciando, inclusive, ativos de aposentados (estes últimos sequer têm direito ao auxílio-alimentação).
Enquanto o Judiciário Federal, que já dispunha de um auxílio-alimentação de R$ 1.460,40, obteve 22,19% de reajuste sobre esse benefício, passando a perceber o total de R$ 1.784,42, nós, do primo pobre, do grupo dos esquecidos e sub-valorizados pelo governo que ajudamos a eleger, continuamos com o nosso vale-coxinha de R$ 1.000, incapaz de encher sequer 1 carrinho com ítens básicos nos mercados, havendo a previsão, pasmem, de permanecer congelado em 2025.
Exigimos a mesma equiparação que o Judiciário e MPU conquistaram.
Exigimos que o Governo Federal trate seus trabalhadores com a mesma dignidade, sem diferenciações entre eles, inclusive em relação aos aposentados.
Exigimos poder comer as mesmas calorias dos trabalhadores dos demais Poderes.
Sendo assim, exigimos a equiparação dos benefício com os praticados nos demais Poderes da União, lembrando o Governo atual de que 2026 está logo ali.