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Dia da Visibilidade Bissexual

Hoje, 23 de setembro, é o Dia da Visibilidade Bissexual — uma data criada em 1999 por ativistas que ousaram enfrentar o apagamento, a bifobia e a imposição da heteronormatividade. Mais de vinte anos depois, seguimos lembrando: ser bi é resistir às normas que tentam nos enquadrar e silenciar.

Nos últimos tempos, cresceu significativamente o número de pessoas que se identificam como bissexuais, especialmente entre jovens. Um estudo francês aponta que 1 em cada 5 mulheres de 18 a 29 anos já não se identifica como heterossexual. Entre homens jovens também há aumento, ainda que menor. Esses dados, do site bi.org, mostram que a juventude tem tensionado as fronteiras da normatividade e aberto brechas para novas formas de viver o desejo.

Mas esse crescimento não vem sem contradições. Pesquisas da Association for Psychological Science mostram que pessoas bissexuais ainda enfrentam indicadores alarmantes de depressão, ansiedade e risco de suicídio. Esses dados revelam como a bifobia e a invisibilidade seguem produzindo sofrimento psíquico profundo, alimentado pela invalidação da identidade, pelo isolamento e pela hostilidade em diferentes espaços da vida social — da família ao trabalho, da escola ao próprio movimento LGBTQIA+.

Por isso, a luta pela visibilidade bissexual não é apenas sobre reconhecimento: é sobre resistir à normatividade, enfrentar o apagamento, recusar o enquadramento em caixinhas rígidas de identidade. É afirmar que nossos desejos e afetos são políticos, que nossas existências são múltiplas e legítimas, e que não aceitaremos retrocessos.

Instituições e espaços sindicais, acadêmicos e culturais precisam assumir esse compromisso: acolher a diversidade de gênero, raça e sexualidade, denunciar a bifobia e todas as formas de preconceito que seguem operando, e fazer da visibilidade bi um instrumento de transformação coletiva. Porque ser visível não é só aparecer: é resistir, lutar e abrir caminho para que ninguém precise mais escolher entre existir ou se esconder.

 

Que o SINTIFRJ e o IFRJ consigam ser esses espaços acolhedores sempre!

 

SINTIFRJ na luta!

 

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