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NOTA DE REPÚDIO AO MACHISMO, RACISMO E À MISOGINIA CONTRA A MINISTRA MARINA SILVA NO SENADO FEDERAL

O machismo não escolhe hora nem lugar para se manifestar, sobretudo quando mulheres ousam ocupar espaços historicamente negados a nós. O que assistimos no Senado Federal, no tratamento dado à Ministra Marina Silva, é mais uma expressão cruel do patriarcado, do racismo e da misoginia estruturantes dessa sociedade.

Marina, mulher negra, amazônida, filha da classe trabalhadora, com uma trajetória de resistência e luta, foi alvo de agressões verbais, desrespeito, ironias e tentativas explícitas de deslegitimação de sua competência, de sua voz e de sua presença. Um espetáculo misógino e vergonhoso, que expõe como as instituições deste país seguem sendo espaços hostis às mulheres — especialmente às mulheres negras.

Este não é um episódio isolado. É a confirmação de que, quando mulheres se levantam, especialmente mulheres negras e da classe trabalhadora, para ocupar espaços de decisão, a violência patriarcal se intensifica. É também a prova de que nossas lutas feministas classistas e anti racistas são absolutamente urgentes e necessárias.

Nós, mulheres trabalhadoras, organizadas no movimento sindical classista e no movimento feminista, não nos calaremos. Nos solidarizamos com a Ministra Marina Silva e reafirmamos que cada ataque misógino e racista que atinge uma mulher em qualquer espaço é um ataque contra todas nós.

Seguiremos de pé, em luta, nas ruas e nas redes, construindo uma sociedade livre do machismo, do racismo, da exploração e de todas as opressões.

Ministra, a senhora está, sim, no seu lugar — e é exatamente aí que deve estar! No ministério, no espaço de poder, na linha de frente, defendendo a vida, o meio ambiente e os direitos do povo.

O seu lugar, o nosso lugar, é onde quisermos estar. Nos espaços de decisão, nas instâncias que definem os rumos do país, nos ambientes onde se constroem políticas que impactam nossas vidas, nossos corpos, nossos territórios e nosso futuro. E ninguém — absolutamente ninguém — tem o direito de tentar nos expulsar desses espaços.

Nem silêncio, nem recuo. O machismo não passará!

Coordenação da Pasta de Mulheres do SINTIFRJ

A comunicação do SINTIFRJ comunica que foi lançado um abaixo-assinado pela articulação feminista MEL (Mulheres em Luta) pela cassação do senador Marcos Rogério (PL-RO) que já ultrapassou, nesta quinta-feira (29 de maio), a marca de 110 mil assinaturas. A petição exige a cassação do senador que atacou a ministra Marina Silva, durante a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, ao afirmar que ela deveria “se colocar no seu lugar”. A campanha continua aberta no site do MEL e convida mais pessoas a se somarem à luta contra a impunidade. Para assinar, acesse: mel.org.br/marcosrogeriocassado.

 

SINTIFRJ na luta pelas mulheres!

Direção Executiva – Biênio 2023-2025.