Notícias

Sintifrj presente no Encontro Estadual da Educação em defesa da casa dos estudantes

Na última sexta-feira, a Casa dos Estudantes do Rio de Janeiro reuniu um grande público para um ato político convocado por AERJ (Associação de Estudantes do Rio de Janeiro), FENET (Federação Nacional dos Estudantes em Educação Profissional e Tecnológica) e AMES-Rio (Associação de Mulheres Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro). A mesa de debate contou com Yasmin Farias (presidenta da AERJ), Saudade dos Santos (FENET), Marina Grutter (AMES-Rio), o deputado Waldeck Carneiro (coordenador do Fórum Estadual de Educação do RJ), Esteban Crescente (diretor do SINTUFRJ) e Roberta Cassiano (coordenadora do SINTIFRJ).

Comovente desde a abertura, o encontro resgatou a força histórica do movimento estudantil na construção da democracia brasileira — das resistências à ditadura às Diretas Já — e celebrou conquistas recentes como a greve federal da educação, que mobilizou milhares em defesa de verbas e condições dignas de ensino. Entre discursos e cantos de ordem, afirmou-se que conhecer e honrar esse legado é condição para enfrentar as batalhas de hoje.

O ato ganhou caráter urgente ao se posicionar contra a tentativa de reintegração de posse do imóvel ocupado pela Casa dos Estudantes, proposta pelo deputado Pedro Duarte (Partido Novo). Esse ataque, denunciado como expressão da gentrificação que encarece e expulsa populações populares, reflete o mesmo impulso de mercantilização que avança sobre as instituições públicas de ensino, tratadas como produto a ser privatizado.

Estudantes do IFRJ lotaram o espaço e emocionaram a todos ao relatar que “salgado não é almoço”: a falta de bandejão compromete a permanência acadêmica, agrava índices de evasão e obriga muitos a conciliar estudos com trabalho para ajudar na renda familiar. As dificuldades de transporte e as carências de assistência estudantil foram apontadas como provas de que não há “excelência integral” sem políticas de permanência.

Em resposta, a coordenadora do SINTIFRJ reafirmou a aliança histórica de nossa entidade com o movimento estudantil e se comprometeu a debater com a base de sindicalizados(as) ações concretas de pressão junto à reitoria e aos órgãos competentes para garantir a implementação do bandejão no IFRJ, aumentar as verbas de assistência e fortalecer a rede de apoio aos estudantes em vulnerabilidade. Neste sentido, ela afirma que a base de trabalhadores e trabalhadoras da educação devem ampliar a solidariedade com a juventude, participando de ocupações simbólicas, audiências públicas e atos territoriais, pois estudantes são protagonistas e aliados(as) fundamentais na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

“A Casa dos Estudantes Fica! Pela educação pública, gratuita e popular!”