Ao longo de quatro séculos, cerca de 12,5 milhões de africanos foram sequestrados e levados à força por navios e comerciantes europeus, tendo como destino ser escravizado em diversos cantos do mundo, um destes cantos era o Brasil.
Hoje, dia 13 de maio, é o dia da abolição da escravatura. Há exatamente 137 anos a escravatura do povo negro foi oficialmente abolida no Brasil. Este é um dia importante para não esquecermos do passado, que a escravatura fez parte da história do nosso país e que sua abolição é resultado de vários processos históricos, mas também da luta coletiva dos negros e negras que resistiram bravamente a escravidão.
Podemos citar como uma das figuras marcantes nesse período Adelina, a Charuteira informante dos abolicionistas, ela foi informante e participou de diversos comícios abolicionistas no Maranhão. Filha de escrava com um senhor, Adelina recebeu a promessa de ser liberta aos 17 anos, não se sabe ao certo se esta promessa foi cumprida, o fato é que seu pai foi à falência, e Adelina foi obrigada a vender charutos que o pai fabricava. Durante os seus dias de venda, conheceu os comícios abolicionistas. Durante suas vendas, conheceu o tradicional Liceu Maranhense, uma escola de ensino médio onde teve a oportunidade de assistir comícios abolicionistas e aprender sobre a causa.
Por conta da sua rotina de vendas, Adelina conhecia os caminhos da cidade, facilitando suas ações como informante das ações da polícia aos ativistas, muitas vezes inclusive dando apoio na fuga de escravos.
Se no passado o povo negro era escravizado, atualmente eles ainda sofrem consequência deste tempo tenemobroso. Para mulheres negras e homens negros, conquistar uma vida digna é muito mais desafiador, devida as barreiras sociais que ainda são reflexo da escravatura, empregos mal-remunerados, falta de acesso a uma educação de qualidade, moradia periféricas, racismo e racismo estrutural.
É preciso continuar a luta por uma sociedade mais igualitária, expandir as políticas de igualdade racial, de cotas e dar mais oportunidade à população negra, fazer justiça social para reparar todo sofrimento e atraso que foi feito no passado.
SINTIFRJ na luta contra o racismo e por uma sociedade mais justa!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025.