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1º de maio. Pelo fim da escala 6×1!

Hoje, 1º de maio,  é dia de luta da classe trabalhadora, que ao longo dos anos, teve e tem que lutar por melhores condições de trabalho e pela garantia de direitos. A data de hoje remete à greve que aconteceu em Chicago em 1 de maio de 1886, com o objetivo de obter melhores condições de trabalho e a redução da jornada de trabalho. Durante a greve, houve uma repressão violenta, acarretando em prisões e mortes. A mobilização deste dia, se transformou em inspiração para atos futuros. É sempre bom lembrar que todas as conquistas vieram da luta organizada e coletiva, a união dos(as) trabalhadores(as) é o melhor instrumento para a categoria. A prova disso são os frutos que estamos colhendo da nossa greve realizada em 2024, o reajuste dos salários, a reestruturação das carreiras e outros avanços.

Assim como no passado, hoje uma de nossas lutas principais é novamente pela redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Este tipo de jornada de trabalho não é somente exaustiva, da maneira que esta imposta hoje, ela também é uma grande barreira para a população mais vulnerável, que acaba por ter uma maior dificuldade em apreciar o lazer com a família, cuidar da própria saúde e até mesmo se qualificar para alcançar um futuro melhor.

Atualmente a PEC proposta pela deputada Erika Hilton que propõe o fim da escala 6×1 foi protocolada com mais de 230 assinaturas, esse número é mais do que necessário para avançar com a proposta. O próximo passo será a avaliação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara onde será apreciada com o objetivo de avaliar a constitucionalidade do texto. Posteriormente, a PEC ainda deverá passar por uma comissão especial para debater os conteúdos da PEC e se aprovada será encaminhada para a Plenária da Câmara, onde serão necessários 308 votos em dois turnos de votação, após essa etapa o texto segue para o senado e repete o processo.

Para além das questões políticas e burocráticas, é preciso fazer pressão nas ruas, a mobilização conjunta sempre foi o melhor caminho para a conquista e garantia de direitos da classe trabalhadora. As “elites” brasileiras e a direita alegam que não é viável economicamente, e que a PEC geraria desemprego, mas este tipo de fala, é antiga, assim como a economia quebraria em 1886, a “elites” repetem este discurso e se colocam contra a PEC pois se beneficiam da exploração dos(as) trabalhadores(as) e visam somente a acumulação de capitais.

A exploração do trabalho mata, destrói futuros e mantém uma sociedade desigual. Neste dia 1 de maio, é o momento de reviver o passado para garantir um melhor futuro para toda a classe trabalhadora. SINTIFRJ na luta, pois só ela muda a vida.