Ontem, no dia 8 de janeiro, completaram 2 anos do atentado à democracia brasileira, ocorrido em Brasília-DF. A sensação é a de que a extrema-direita fomenta nas pessoas o ódio e uma visão de deturpada de democracia, cujo resultado se materializou em vândalos depredando as sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal), em uma tentativa desesperada de realizar um golpe de Estado e colocar Bolsonaro de volta à presidência.
Bolsonaro pode ter sido derrotado nas urnas, mas deixou um rastro de intolerância, desinformação e violência, que ainda está presente no cotidiano. Por isso é preciso tratar com rigidez esse tipo de crime, que coloca em risco a própria democracia.
Nesses dois anos, o STF condenou 371 pessoas, entre as mais de 2 mil investigadas, por participarem do atentado do dia 8 de janeiro. Outras 527 admitiram crimes menores e fizeram acordo com o Ministério Público Federal.
Entre os criminosos condenados ao regime fechado, 71 deles iniciaram o cumprimento de suas penas, 30 processos ainda estão em fase recursal e outras 122 são consideradas foragidas. Entretanto, para metade dos foragidos, já foram adotadas medidas cabíveis para que sejam devidamente deportadas de volta ao Brasil, para que possam responder na justiça pelos seus crimes.
O passado não pode ser esquecido, é com ele que se aprende a lidar melhor com o futuro, e é com esse pensamento que é preciso ter um olhar atento para o próximo ano. O ano de 2026 será mais um teste para a democracia e para a classe trabalhadora. Mesmo que Bolsonaro não consiga se candidatar, existem outras figuras perigosas, que querem preencher a lacuna que se criou na extrema-direita.
O ano de 2025 será de muita luta para manter os direitos da classe trabalhadora, e barrar o crescimento e a volta da extrema-direita em um futuro muito breve, e, cada um de nós, com nossa incansável luta, somos quem podemos barrar o aprisionamento do país por essa corja incompetente, intolerante e provida de um peseudomoralismo capaz de produzir as mais absurdas atrocidades.
SINTIFRJ na luta, pois só ela muda a vida.