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SINTIFRJ presta solidariedade às(aos) servidoras(es) da educação municipal do Rio de Janeiro.

Na manhã do dia 25 de novembro, foi deflagrada greve por tempo indeterminado dos(as) servidores(as) da Rede Municipal do Ensino do Rio de Janeiro. O motivo da greve é o combate ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024 e à Lei nº 8.666/2024 que impõe uma jornada maior para os(as) trabalhadores(as) da educação municipal, um verdadeiro retrocesso para a educação pública e uma medida que aumenta a precarização das condições de trabalho. A deflagração da greve ocorreu na quadra da Escola de Samba São Clemente, em assembleia lotada. Juntamente com a greve, foi aprovado também um calendário de mobilizações, sendo o primeiro ato previsto neste calendário um que ocorreu hoje, dia 26 de novembro, na parte da manhã, em frente à Câmara dos Vereadores na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. 

Infelizmente, os manifestantes enfrentaram dura repressão policial ao exercer seu direito de protestar, o que é inaceitável! Policiais militares lançaram bombas de efeito moral e spray de pimenta, pelo menos dois professores foram detidos e conduzidos à 6ª DP, no Centro. Após pressão em frente à delegacia, os professores foram libertos. Muitos manifestantes ainda estão na porta da Câmara dos Vereadores nesse momento, pois até agora o PLC não foi votado. Ainda há também uma concentração significativa de policiais militares, tudo aponta que estejam lá para intimidar os manifestantes. 

O PLC 186/2024 e à Lei nº 8.666/2024 devem ser derrubados pela luta e pela organização dos(as) trabalhadores(as) da educação!

A PLC 186/2024, especificamente, altera o estatuto dos funcionários públicos municipais, a contagem da carga horária dos(as) profissionais da educação, os regime jurídicos dos funcionários públicos do município e os dispositivos das Lei 94/1979 de forma a precarizar ainda mais o trabalho desses(as) trabalhadores(as) da educação. Além disso, o PLC dispõe negativamente sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro e sobre a Lei 5.623/2013, que impacta diretamente o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Funcionários da Secretaria Municipal de Educação.

A maneira como o PLC propõe fazer essas alterações é mudando os seguintes requisitos: 

 

  • O projeto adequa a disciplina do estágio probatório ao modelo já adotado pela maioria dos entes federados, permitindo que a avaliação do servidor público seja realizada por ciclos de avaliação durante o período de 3 (três) anos; 
  • Autoriza o parcelamento das férias em 3 etapas, sendo que uma delas não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os outros dois não inferiores a 5 dias corridos; 
  • Revoga a licença especial e regula a contagem da carga horária dos integrantes do quadro de pessoal do magistério, que passa a ser contada em minutos, compreendendo a referência a “hora” como lapso temporal de 60 minutos, e não mais 50 minutos, como antigamente. 

 

Diante dessa situação, o SINTIFRJ se solidariza com a greve das(os) servidoras(es) da Educação Municipal, que lutam contra a retirada de direitos do funcionalismo público municipal promovida pelo Prefeito Eduardo Paes e obviamente repudia a ação violenta e injusta da Polícia Militar do Governo Cláudio Castro que é outro problema gigante que temos no estado do Rio de Janeiro. 

Contem com a nossa solidariedade de classe! Que nós, servidoras e servidores da educação, estejamos sempre unidos e presentes nos atos e em todas as ações em favor de uma educação pública, gratuita e de qualidade! 

Direção Executiva – Biênio 2023-2025.