O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, nos convida a relembrar a luta dos povos escravizados africanos trazidos para o Brasil e o reconhecimento da necessidade de combate ao racismo. Instituído oficialmente pela Lei nº 12.519 em 2011, a data , relembra a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder do maior quilombo do Brasil, que foi eleito pelo Movimento Negro Unificado (MNU), em 1970, como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil.
É sempre bom lembrar que a escravidão no Brasil só acabou porque teve muita luta abolicionista, principalmente a luta dos próprios escravizados , que derramaram o seu sangue pela liberdade. Luta essa, que durante muito tempo foi esquecida e pouco se ouvia falar na escola de personalidades negras, como Carolina Maria de Jesus, Dandara, André Rebouças, José do Patrocínio e Luís Gama, que lutaram arduamente contra o regime escravista e pela abolição.
Apesar da ascensão das pessoas pretas e pardas nas universidades por meio das cotas, da maior representatividade negra na mídia e na política, o racismo e a desigualdade racial, ainda são uma realidade no Brasil. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 apontou, por exemplo, um aumento de 127% nos casos de racismo denunciados, totalizando mais de 11 mil registros. Para combater isso, sabemos que uma das melhores armas é a educação. Mesmo que haja a Lei n°10.639 em 2003 que torna obrigatório o ensino sobre a história e a cultura afro-brasileira ainda é muito necessário incentivar esses conteúdos nas salas de aula.
Isso ficou visível neste ano de 2024, pois o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 foi: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Milhares de estudantes tiveram que fazer uma análise crítica e propor uma intervenção que contribua para a valorização da cultura afro-brasileira, com o desafio de abordar a cultura, a religião, entre outros. Por isso é importante cumprir a nossa tarefa dentro das salas de aula, dos ambientes institucionais e do sindicato e incentivar cada vez mais o conhecimento afro-brasileiro e as formas de combate ao racismo.
SINTIFRJ na luta contra o racismo!
Direção Executiva – Biênio 2023-2025.