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Dia Mundial de Combate à AIDS

Atualmente existe um compromisso firmado pelas lideranças mundiais para erradicar a AIDS até 2030, mas dados recentes divulgados pelo UNAIDS, mostram dificuldades para atingir essa meta. Segundo relatório divulgado pelo UNAIDS, a meta para 2025 será complicada de alcançar, pois todos os dias 7.000 pessoas são infectadas, toda semana jovens de 15 a 24 anos são acometidos pelo vírus. Desde de 2010 existe uma redução anual de 32% de novas infecções, mas apesar disso ser uma boa notícia, ainda não é o suficiente para atingir a próxima meta de 2025. Com base nas informações atuais, projeta-se que 1,2 milhões de pessoas serão infectadas no mundo, porém a meta projetada era de 370 mil pessoas.

Com ajuda do SUS, o Brasil se tornou uma referência mundial no combate à AIDS, devido às suas estratégias de prevenção, diagnóstico e distribuição de medicamentos gratuitos para a população. Apesar do sucesso no combate à AIDS, cerca de 27% das pessoas que possuem o vírus, ainda não recebem o tratamento antirretroviral no país. Esse dado mostra que o país ainda precisa avançar mais em suas políticas públicas de saúde, ampliar a divulgação, acelerar o tempo de diagnóstico e alcançar aquelas e aqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade.

Vale ressaltar que, apesar de negar, para conseguir recolocar verba para o orçamento secreto quando ainda tentava a reeleição, Bolsonaro cortou 407 milhões de reais de programas de combate a HIV/AIDS e outras doenças infecciosas na lei de diretrizes orçamentárias para 2023. Essa situação acende um alerta na população em situação de maior vulnerabilidade, pois muitas dessas pessoas não têm recursos financeiros para comprar os medicamentos necessários para combater o vírus.

Com a vitória de Lula, podemos ter mais esperança para reverter esse quadro, e ter mais investimento no combate a AIDS e melhorar as condições de saúde no país.

Algumas medidas podem contribuir para erradicar à AIDS no Brasil:

  • Ampliar a informação sobre o vírus em locais onde o Estado ainda não é presente, principalmente em locais mais vulneráveis.
  • Garantir e lutar para que a população receba do Estado, os serviços de prevenção, testagem e tratamento da AIDS.
  • Implementar estratégias para a prevenção do HIV de maneira sustentável e ampla.
  • Disponibilizar recursos e incluir a sociedade brasileira no planejamento, no monitoramento e na execução de medidas contra o HIV.

A luta para erradicar à AIDS até 2030 continua, devemos nos organizar como sociedade para que no futuro o HIV não seja mais um problema de saúde pública. Só a luta muda a vida e constrói uma sociedade melhor.