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Férias de mães professoras do IFRJ não casam com rotina dos filhos

Durante a Primeira Plenária das Mulheres do SINTIFRJ, uma das questões levantadas foi o calendário das férias docentes do IFRJ. Lembrando que já no início de 2022 não foram garantidas as férias no mês de janeiro, as mães presentes questionaram o fato de a gestão do IFRJ ter fixado as férias do meio do ano para o mês de agosto, mais uma vez ignorando o pleno direito às férias dessas trabalhadoras.

Considerando o fato de que todas as instituições escolares entraram em férias em julho, as mães do IFRJ tiveram que cuidar de suas/seus filha/os durante as férias escolares de julho, acumulando o trabalho do cuidado com o trabalho docente. Assim, neste fim de período letivo, com provas e trabalhos para administrar e crianças para cuidar, as mães docentes estão exaustas e sobrecarregadas por terem que dar conta da dupla jornada de trabalho. Além disso, iniciando-se o período de férias docentes no dia 12 de agosto, as mães do IFRJ novamente estarão impedidas de descansar, uma vez que suas crianças estarão em plena atividade escolar.

O compartilhamento do cuidado das crianças ainda é desigual, mostra disso é o fato de a  licença paternidade ainda ser muito curta. Na prática, a mãe é a pessoa que mais fica com as responsabilidades em relação ao cuidado com as crianças. Fora que as mães solteiras têm que se virar para conseguir todo tipo de apoio. A maternidade é um direito, e o cuidado com as crianças também é dever do pai, do Estado e da sociedade. 

Na Plenária das Mulheres, a maternidade foi um dos assuntos mais falados pelas participantes. A necessidade de se pensar nas mães antes da tomada de determinadas decisões institucionais, de se garantir creches nos campi, ou espaços em que as crianças possam estar seguras e bem atendidas em suas necessidades, foram temas abordados.

Essas pautas permanecem vivas nas discussões do SINTIFRJ. O sindicato, como instrumento de lutas, é também um espaço de discussão e de fomento a propostas e projetos para que as mães deixem de ser invisíveis e tenham voz nas decisões. 

SINTIFRJ na luta pelos direitos das mulheres! Saudações sindicais!