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Dia Internacional da Mulher

O SINTIFRJ deseja um feliz dia a todas as mulheres!

A data de hoje não carrega apenas motivos para comemorações, mas é necessário parabenizar as mulheres, pois nunca foi fácil para elas resistir em uma conjuntura social que, até hoje, tende a oprimi-las. É muita luta diária para quebrar barreiras e impor sua presença, inteligência e força. 

Ao longo de muitos anos, foram muitas conquistas vindas de lutas feministas. Atualmente, as mulheres têm autonomia, podem ser independentes, donas de si, podem votar, se divorciar, ocupar espaços desejados, escolher com quem casar, e se querem casar ou ter filhos. Coisas que, por incrível que pareça, no passado não eram possíveis, até pelas leis.  

Apesar de muitas conquistas, a luta agora é para que as mulheres consigam validar os direitos já estabelecidos na legislação, e para que acabe a desigualdade de gênero em diversos sentidos.

Uma recente pesquisa da revista científica The Lancet apontou que na pandemia mulheres foram mais afetadas do que os homens em pelo menos quatro aspectos: o desemprego foi maior para elas, o trabalho não remunerado também aumentou, mais meninas deixaram a escola, e a violência de gênero aumentou. A Secretaria de Segurança Pública do DF, por exemplo, revelou que cerca de 44 mulheres sofreram algum tipo de agressão por dia no último ano. 

E quando as mulheres são negras, indígenas ou trans, a violência e a desigualdade são ainda maiores. De acordo com o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, as mulheres negras foram 61,8% das vítimas de feminicídio. O Atlas da Violência 2021 mostrou que assassinatos de indígenas no Brasil aumentaram 22% em dez anos, apesar da taxa geral de homicídios no país ter recuado 20% no mesmo período. Jovens mulheres indígenas são as maiores vítimas. E segundo um dossiê anual feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 175 assassinatos de mulheres transexuais e travestis foram registrados em 2020, o que deixa o Brasil no topo do ranking mundial de assassinatos da população trans há mais de uma década, desde 2008. Dados da Antra também apontam que de 2017 a 2021, a região Sudeste foi a que teve a maior concentração de assassinatos de pessoas trans: 35% dos casos são concentrados na região.

Na nossa área, da Educação, as professoras e outras profissionais de ensino foram as que conheceram a “tripla jornada”, tendo que conciliar a atividade profissional remota com os afazeres domésticos e o cuidado dos filhos. 

São muitas as políticas que ainda precisam ser criadas para que as mulheres tenham mais segurança e qualidade de vida. O SINTIFRJ busca sempre apoiar as mulheres em suas pautas, e em qualquer denúncia que precise ser feita quanto ao trabalho dentro das instituições de ensino, afinal, o sindicato também é delas. Viva as mulheres, a diversidade e todo conhecimento, base e força que elas sempre nos proporcionam e inspiram!

 

Saudações sindicais!

 

Biênio 2021-2023