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Até quando a violência e o extermínio da população negra vão continuar, e impunes, nesse país?

O imigrante congolês Moïse Kabagambe teve sua vida ceifada de forma brutal e covarde por um grupo de cinco pessoas no último dia 24. Ele foi espancado até a morte pelo gerente do Kiosque Tropicália e seus amigos, onde trabalhava, na Barra da Tijuca, no Rio. Apenas por exigir seu ordenado. Moïse era refugiado de guerra do Congo. Fugiu da violência de seu país com a família, ainda pequeno, em busca de uma vida melhor no Brasil. Mas encontrou aqui a morte aos 24 anos pelas mãos sangrentas do fascismo, do racismo, da xenofobia e de todo o estado de violência no qual nos encontramos. Covardia!

Segundo dados mapeados pelo Atlas da violência 2021, a população negra representou 77% das vítimas de homicídio no Brasil em 2019, ano da análise do estudo. Mais do que o dobro das mortes violentas de uma pessoa não negra. O racismo, no Brasil, é estrutural.

Não podemos aceitar Isso! O SINTIFRJ repudia mais esse triste assassinato de um jovem negro em solo brasileiro! Prestamos condolências e solidariedade à família de Moïse, e reafirmamos o nosso compromisso de lutar por uma sociedade sem racismo e preconceito de qualquer tipo. A nossa luta ao lado de todas as minorias e contra toda exclusão continua. Até o dia em que a opressão e morte do povo negro seja só uma triste e perversa memória do passado. Justiça por Moïse! Abaixo o racismo!