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Greve nacional em defesa da Educação

Mais de 250 mil pessoas participaram ontem, 15 de maio, do primeiro dia de manifestação contra os cortes na educação pública, no Centro do Rio de Janeiro. Eram alunos e alunas, profissionais de educação de diversas universidades e escolas públicas de todo o Rio. Por volta das 10h já haviam aulões públicos na Praça XV. Na praça foram montadas mais de 20 tendas com diversas faixas de protestos contra os cortes e em defesa da educação. Panfletagens, música, apresentação de trabalhos, além de gritos de ordem, também eram parte da programação, e quem passava por ali, prestava solidariedade.

A caminhada começou por volta das 17h em direção à Candelária, de lá, todos e todas foram até a Central do Brasil. Dois carros de som acompanhavam as pessoas que não paravam de chegar: crianças, adolescentes, jovens, adultos, profissionais das mais variadas áreas. Enquanto os manifestantes tomavam em passeata toda a Avenida Presidente Vargas, quem estava nas janelas dos prédios acenavam dando apoio, aplaudindo, afirmando que o ato era legítimo.

Na caminhada, Marcos Dantas, professor titular da UFRJ, deu uma declaração ao SINTIFRJ, e disse que a resistência na época da ditadura militar começou com passeatas feitas por estudantes e professores também, “Estamos vivendo um momento muito importante e a sociedade começa a acordar em relação a todos esses retrocessos que estamos vivendo agora. São retrocessos que jamais imaginaríamos que aconteceriam em nosso país. Tenho certeza, por já ter vivido em tempos muito difíceis na política brasileira, que é na rua que se briga e se disputa, não é a na internet. Espero que esse movimento cresça e seja capaz de reverter tudo isso”, afirmou.

Ana Claudino, estudante de mestrado, contou que está nas ruas porque é preciso defender a educação pública de qualidade, pois temos que gritar e mostrar que vai ter luta sim e não vai ter cortes. “Aqui, na praça, estamos mostrando nossas pesquisas nas ruas, estamos mostrando que estamos nas universidades produzindo conhecimento, um conteúdo que é para o nosso crescimento pessoal, social e político e não pode parar”. Adriana Kairos, educadora e escritora, colocou que é fundamental estarmos nas ruas e que esta é só a primeira grande mobilização para fazer pressão a tudo o que o nosso país está sofrendo e que sem pressão popular não vamos conseguir segurar o que já conquistamos, assim como as cotas, as vagas nas universidades e os poucos de benefícios que conquistamos com muita luta”, finalizou.

Os protestos ocorreram em todo o Rio de Janeiro, os IFs se mobilizaram, produziram cartazes, faixas, aulões públicos, foram às ruas! Nos outros estados, também teve muita mobilização, ninguém ficou parado. Foram contabilizados mais de um milhão de pessoas nas ruas de todo o país. A luta não pode parar! Este foi só o começo da grande resistência contra os 30% dos cortes na educação pública, contra a Reforma da Previdência e em defesa do direito à vida. É por nossos direitos! É na rua e na luta que a gente se encontra!

Quer ver imagens das passeatas dos IFs? Entre na Página do Facebook do SINTIFRJ: https://www.facebook.com/sintifrj/

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