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Debate: Atual situação política do país!

A primeira mesa de debate do Encontro Regional Sudeste do SINASEFE, da manhã de sábado, dia 17, começou por volta das 10h e teve a presença de quatro referências do sindicalismo brasileiro. O Luis Sérgio Ribeiro, da CSP-Conlutas; Marcos da direção do Sinpro Rio e ativista da CTB; Heitor Cesar, da Unidade Classista e membro do Comitê Central do PCB e Maria Célia da Intersindical. O papo foi sobre a atual situação política do país diante de um governo de extrema direita.

Luis abriu o debate e começou lembrando das manifestações de rua em 2013, das ocupações nas escolas, das ocupações urbanas. Ele diz que os movimentos sociais e sindicais vão enfrentar sérios problemas e que é necessário se pensar em pautas conjuntas. Para ele, é preciso uma frente ampla e com um programa. É necessário uma unidade entre as organizações, movimentos, sindicatos. “O tema da educação é central, ainda mais quando se discute o ‘Escola sem Partido’. É preciso aprofundar o debate e que seja também uma pauta central de luta. Temos que reavaliar também nossas formas de luta”, disse.

A fala de Marcos fez concordância com a de Luis, ele diz que é preciso uma unidade na esquerda. Fez uma análise do capitalismo internacional e citou exemplos de como as crises influenciam diretamente a política brasileira. “Somos um país que busca garantir suas fontes primárias. Ele quis ter uma independência na América Latina e no mundo”, afirmou. Ele termina dizendo que a esquerda subestimou Bolsonaro e que este será um governo semelhante ao de Trump nos Estados Unidos.

Logo depois, Heitor Cesar começou afirmando que o governo do Bolsonaro já se iniciou mesmo nesse período de transição e que já está pautando temas do governo Temer, exemplo disso é o avanço da criminalização dos movimentos sociais. Ele lembrou que o avanço da extrema direita já se fazia presente nas ruas, “Em 2013 tivemos nossas bandeiras de partidos proibidas de estarem nas manifestações, apanhamos, fomos agredidos, atacados. Eles já pediam a intervenção militar e diziam que o Brasil jamais seria vermelho”.

Ainda de acordo com Heitor, estes setores vieram ocupando tanto os espaços institucionais, quanto as ruas e, termina avaliando que é preciso cada vez mais disputar mentes e corações na busca pela democracia. “Temos que avaliar o fenômeno das igrejas pentecostais. A esquerda inteira sai derrotada desse processo. Temos que criar uma nova frente em defesa da democracia. É fundamental que a classe trabalhadora se reencontre e busque alternativas. Temos que construir um encontro nacional da classe trabalhadora”, concluiu.

Maria Celia foi a última a falar e avaliou os aspectos econômicos. Pontuou os retrocessos e heranças do governo PT, assim como a lei antiterrorismo que culminou na perseguição dos 23 ativistas das manifestações de 2013. “Precisamos pensar nos argumentos que utilizaremos para as nossas bases, onde ela está? Estão organizados conosco? Estão pensando o que estamos discutimos? Precisamos aprofundar o diálogo com a base. Temos que aprender a dialogar com a população, com a base”, finalizou.

Cobertura: Gizele Martins, Sintifrj.

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