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O SINTIFRJ diante da greve dos caminhoneiros

O SINTIFRJ diante da greve dos caminhoneiros

O (des)governo Temer acelerou no país um plano de desmonte das estatais e de ataques aos direitos democráticos. A privatização da Eletrobrás, o desmonte do sistema Petrobras, a ameaça de fechamento de agências de correios com demissões em massa, bem como o anúncio de venda da Embraer, evidenciam esse cenário. A nova política de Temer de aumento do combustível visa privatizar a Petrobrás e favorecer o interesse das grandes corporações petrolíferas internacionais e seus acionistas.

A política de privatização de Temer com o desmonte das refinarias e a importação do nosso próprio petróleo, após o refino nas multinacionais petrolíferas, assim como a política da Petrobras de reajuste vinculada à variação do mercado internacional, contribuem para estes aumentos absurdos nos combustíveis e aprofundamento da crise econômica.

Nesse contexto, surgiu desde o início desta semana a greve de caminhoneiros. Acreditamos que, apesar de contradições, esse movimento já está trazendo desdobramentos positivos para a resistência das lutas sociais diante do quadro de ofensiva reacionária das classes dominantes sobre os trabalhadores. A paralisação do setor de transportes é estratégica para a circulação de pessoas e mercadorias nas cidades e rodovias, bem como o abastecimento nos municípios. Inúmeras instituições da educação, como são o caso de diversos campi do IFRJ, já anunciaram o cancelamento de aulas nos próximos dias. Tanto a produção quanto os serviços, em particular os educacionais, estão sofrendo impactos desse movimento, cuja reivindicação pode acelerar a pauta de pressão popular contra a política de Temer. Nesse sentido, avaliamos a greve dos caminhoneiros como legítima. O preço do combustível afeta sobretudo o consumo da classe trabalhadora.

O (des)governo de Temer, aprofundando a política de privatizações para entregar nossos recursos ao capital internacional, apontou uma saída inconsequente que tornará ainda mais grave a economia nacional e o sucateamento da Petrobras: o Executivo solicitará ao Congresso um crédito extra de R$ 4,9 bilhões para este ano, sendo que enquanto o (des)governo subsidia metade desse valor represado; a outra metade será arcada pela própria estatal segundo dados do site Congresso em Foco.

Desde o início deste (des)governo temos denunciado seu caráter privatista e reacionário. É preciso que unifiquemos as lutas da educação e do funcionalismo público. Encontrar soluções à esquerda do que vem apresentando os setores médios e patronais para a saída dessa greve de caminhoneiros. A unidade de ação do conjunto da classe trabalhadora e do povo pobre pode ser a saída progressiva. O SINTIFRJ apoia um chamado às centrais sindicais e movimentos do funcionalismo público, sobretudo da educação, a se somar a esse movimento nacional. A construção de uma greve geral pode despertar as lutas de resistência em curso para uma nova inflexão na conjuntura nacional, apontando para uma ofensiva contra os desmontes do governo federal aos direitos sociais, a educação pública e ao funcionalismo. Não aceitaremos intervenção militar!

Fora Temer! Contra a retirada de direitos e em defesa dos serviços públicos de qualidade. Unificar as lutas contra o golpe e a retirada de direitos.

Coordenação do SINTIFRJ

Foto retirada da página do El País

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/24/album/1527180891_038789.html#foto_gal_3

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