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Mais um ataque aos Institutos Federais

REORDENAMENTO: MAIS UM ATAQUE AOS INSTITUTOS FEDERAIS

O governo golpista de plantão já deixou claro o seu desejo de destruir a educação pública brasileira. Através de medidas como a PEC 95, a Reforma do Ensino Médio e o fortalecimento de projetos educacionais conservadores como o Escola Sem Partido, o governo tenta estrangular a educação pública com cortes brutais de verbas, rebaixar a qualidade do ensino, impedir a possibilidade de uma reflexão crítica do processo educacional e a transformar a escola pública em
um verdadeiro balcão de negócios para a iniciativa privada.

Nessa perspectiva, podemos entender os mais recentes ataques aos Institutos Federais, que tem na proposta de reordenamento uma forma dissimulada de destruição da nossa rede. Com o discurso administrativo de melhorar a eficiência da gestão, o governo, com apoio de algumas reitorias, mas sem a discussão com a comunidade acadêmica, tenta impor de maneira autoritária a divisão de diversos Institutos Federais. Baseada na lógica de dividir para conquistar, essa proposta tende, com o tempo, a conduzir ao fechamento dos campi localizados em regiões periféricas, uma vez que o reordenamento não será acompanhado por uma política orçamentária adequada a criação de novas reitorias.
A empresa contratada para realizar essa divisão, a Falconi, é reconhecida por seu trabalho no gerenciamento de organizações no sentido de enquadrá-las nos ditames do mercado financeiro educacional. Tendo diversas instituições empresariais como parceiras, como o Instituto Unibanco e a DeVry Brasil, por exemplo, essa empresa foi a mesma que atuou no fechamento de escolas públicas em São Paulo e no projeto de militarização das escolas de Goiás.
Para os trabalhadores, essa política significa um quadro de grande instabilidade trabalhista, uma vez que abrirá a possibilidade de fechamento de campus e corte de pessoal. Do ponto de vista educacional, essa política tem como objetivo abrir espaços para as “parcerias público-privada” e a aproximação da rede ao sistema S, antigo desejo da burguesia para a educação técnica e profissional.
Por tudo isso, o SINASEFE se posiciona contra essa medida antidemocrática e mercadológica do governo federal. Nossa política não é fechamento de escolas, mas de ampliação qualitativa e não sucateada da nossa rede, uma das experiências mais exitosas no campo educacional dos últimos tempos, que formou milhares de filhas e filhos da classe trabalhadora em uma educação de qualidade, permitindo a realização de muitos sonhos.
Sendo assim, convocamos todas e todos profissionais da educação a se manterem em permanente estado de alerta contra essas investidas neoliberais. No próximo período, estaremos em uma ampla campanha nacional contra a mercantilização da educação brasileira, lutando contra essas medidas e todas as demais que buscam desmontar o ensino público de nosso país e as retiradas de direitos de nossa classe.

Por isso, sinalizamos os seguintes encaminhamentos para fazermos enfrentamento a esse ataque:
• Construção de uma Frente Nacional em defesa da Rede e contra a reestruturação;
• Fortalecer, apoiar e incentivar atos, protestos e mobilizações em toda rede;
• Realizar rodada de assembleias nas bases para discutir o processo de reestruturação e
demarcar nosso posicionamento contrário à proposta do governo;
• Produzir e distribuir cartilhas, panfletos e materiais informativos sobre a reestruturação;
• Prosseguir na luta contra todos os tipos de ataques aos trabalhadores.
Direção Nacional do SINASEFE

Direção Nacional do SINASEFE

Brasília-DF, 12 de maio de 2018.

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